Caros Amigos e Pacientes

"SÓ PODE CUIDAR DA SUA SAÚDE QUEM O CONHECE."
Nosso site www.saudedaboca.com.br já está no ar.

Para qualquer ORIENTAÇÃO aguardo seu contato por email, skipe ou facebook.


Um abraço.

terça-feira, 12 de abril de 2011

VIAGEM À SICHUAN -PARTE II








De Le Shan até o local em Emei Shan, que ficaríamos hospedados duas noites, foram 90 min. Após o check-in no Hotel saimos para caminhar pela avenida deste bairro periférico uma larga avenida bem pavimentada, amplas calçadas para pedestres e toda decorada com lanternas vermelhas em ambos os lados. Uma pequena aclividade nos levava ao final daquela rua reta onde belo Templo do Sino anunciava seu final dando uma sensação visual excelente. Muitas árvores bem como estabelecimentos de comida dando um movimento traquilo e uma sensação olfativa muito aprazível. Os espetinhos de aves, porco, ovelha, tofu, beringela e cogumelos, na parte de fora dos restaurantes, assando em brasa ou fogões à gás somavam sua fumaça à neblina característica do local. Tudo isso com que emoldurado por uma cadeia de montanhas de pedras e vegetação nativa. Durante a refeição noturna projetamos o dia seguinte que iria começar às 5h30min. Por volta das 6h já estávamos dentro do ônibus municiados de ovos cozidos, laranjas secas, mais jiaozi, ciao lom bao, mantous (pão branco chinês) que nos levaria à um grande terminal e vans com guias para uma viagem de 2h até a cumeeira da montanha de Emei Shan a 3.077m de altitude. Este patamar seria atingido após as 2 h de van, uma caminhada de hora e meia por escadarias cobertas de neve e passeios e mais 15 min de teleférico sobre as árvores brancas do gelo.

*sapatos de palha para não escorregar no gelo somados ao bambu deram a alegria geral ao grupo.

Para subir com segurança compramos no local bambus, que serviam de arrimo, e sapatos de palha que amarrados por baixo dos nossos davam atrito necessário para reduzir os "escorregões". No jantar da noite anterior eu tinha estranhado a quantidade de bambús empilhados nas entradas e corredores dos restaurantes...bem agora fazia sentido. À cada degrau acima justificava a quantidade de agasalhos que dois dias atrás tinham entupido nossas bagagens. Aos poucos também dava pra sentir as diferenças na respiração e pulsação devido tanto aos esforços da subida como o aumento da altitude. Sendo a primeira vez que subia um pico tão alto
senti necessidade de fazê-lo lentamente para regular minha respiração. Finalmente chegamos ao topo e lá estavam os Templos Dourados e Prateados, ambos enormes, e a monumental Buda das 10 Faces.


*é claro que essas 3 fotos foram "tiradas" do google estava cinza naquela manhã


Todo esse acervo budista construído em 2005 estava coberto por uma espessa neblina. A visibilidade não boa mas a impressão sem dúvida incrível ver aquele paredão vertical da montanha penetrar nas nuvens. Em mais ou menos 2 horas contemplamos os penhascos e os monumentos de Emei Shan o "Ten Thousand Buddha Summit", o "Qianfo ding" e o "Wanfo ding".
Recomeçamos nossa jornada com a descida, pelo teleférico, mais ou menos 300m e certamente todos os degraus já escalados cedo da manhã. Já eram 10h e o gelo derretendo fazia as árvores e seu verde mudar à cada instante. Ainda quando estávamos nos templos, do topo, grandes bolas de gelo despencavam dos seus telhados assustando e divertindo quem por perto estivesse. nossa descida, pelos já conhecidos degraus, com uma grande quantidade de turistas, quase todos chineses, além de um comércio de comidas tipo linguiça, tofu, uma batata doce de cor laranja assada quentinha uma delícia naquele friozão. Fora as vendas de bugiganga, chapéus, lenços, luvas, sapatos de palha e etc... Também tinha os surrealistas quadros com borboletas que lebravam os trabalhos dos estudantes de entomologia talvez os únicos interessados em tal souvenir. O descanso foi mesmo dentro de uma van num percurso cheio de curvas, belas paisagens por 35min até Wannian Park. Chegando no parque teríamos de subir a montanha Wannian. As opções de uma subida de 40min à pé ou deitado no palanquim, onde seria carregado por dois homens deitato em uma "maca"em seus ombros, ou então de teleférico. Por motivos culturais somados ao cansaço optamos novamente pelo teleférico. Durante as caminhadas daquee dia avistamos muitos turistas sendo carregados em palanquins e todos eram chineses. Iniciamos uma interminável descida de escadarias e rampas por uma densa floresta que beiravam penhascos,
s cachoeiras e vales até chegarmos "Qingyin Ge". Já sem os sapatos de palha pois estes tinham se desintegrado. Após desviamos em direção à reserva de macacos um caminho em paraíso preservado de árvores, rochas, córregos e até canalizações que conduzem as águas que descem das montanhas além de tres sítios com esculturas em tamanho real de monges e mandarins importantes e até macacos em pedra que pareciam reais. Ir e voltar "Qingyin Ge" à reserva dos macacos foram mais 3h de caminhada por aquelas bandas não é aconselhável portar a máquina fotográfica pois nossos "irmãozinhos" podem ficar irritados. O sol já tinha sumido e as primeiras luzes quando encerramos o útimo trajeto antes de entrar no ônibus para retornar ao hotel. O consagrado banho quente, roupas secas e leve após uma jornada linda mas cansativa despertou uma "fome de anteontem" como diria o poeta e saímos para jantar na bela avenida de Emei Shan. Na manhã seguinte retornaríamos para Chengdú.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A VIAGEM À SICHUAN - PARTE I




O destino, era uma certeza, nesta empreitada seriam as montanhas de
EMEISHAN & LESHAN (shan=montanha) na provícia de Sichuan.Essa foi uma viagem adiada em 2008 devido a tragédia do grande terremoto que abalou a China e o mundo, apesar do pânico nipônico de agora não desistimos de ir até o local. Lá subiriamos os 71m do DAFO (da=grande, fo=Buda) hoje o maior Buda esculpido direto numa montanha, aquela de arenito. Binladen e sua turma explodiram no Afeganistão "o símbolo pagão" esculpido dos sec II à V período pré-islâmico. A estátua era a maior de um Buda em pé e media 55m.(ao lado as imagens que circularam o mundo)
Esses fatos davam mais razão à nossa ansiedade de fazer esta incursão.





De pé às seis da manhã e as incertezas também eram despertadas pois os dias que viriam seriam mais frio, mais úmido sem falar da altitude. A travessia da fronteira Macau/Gonbei ( bairro da cidade de Zhuhai na província de Guangdong) foi rápida apesar da assustadora quantidade de pessoas. A primeira surpresa foi no café da manhã antes de embarcar no ônibus, rumo à capital Guangzhou, saborar uma variação de jiaozi frito num omelete que era dos deuses. Os últimos à sentar num ônibus que já em movimento partia para em tres horas chegar num dos maiores aeroportos da China em Guangzhou. Decolamos às 13h de cum dia ensolarado que se transformou em uma tarde cinza, úmida e fria na capital de Sichuan. Chengdú uma moderna e tranquila cidade mas claro com seus tradicionais"engarrafamentos" às 18h. Nossa fome era muita e essa é a melhor hora para se comer na China pois o local onde tiver mais clientes é a dica de comida boa com bom preço.




Escolhemos aquelas casas que servem ruoguo, onde a mesa tem um fogão no centro e em cima vai uma grande panela, bastou levantar a ferura começou a festa cogumelos e tofu de várias formas, camarões e verduras regados a tradicional pimenta da região com um sabor peculiar a "malá". São umas sementes escuras com um aroma cítrico, picante de manifestações nas mucosas do nariz e boca anestesiantes. Jantar foi genial e repousar virou uma necessidade inadiável. Na manhã seguinte ainda sob o forte efeito do jantar partimos para o centro de Chengdú para outro trecho de nossa programação e chegar ao centro de Le Shan. Da rodoviária de Le Shan circulamos de onibus pela pacata cidade por 20 min até o portal de entrada de DaFo.

No pecursso conhecemos um simpático trio de chineses. À partir de então a viagem seguiria em seis pessoas.
Durante quase 4 h caminhamos, subimos e descemos as trilhas, escadas e pontes na periferia daquele que é o maior Buda do mundo. Esculpido em 713 d.C. no arenito vermelho da montanha Lingyun pelo monge escultor Haitong. Ele sob o pretexto de criar uma proteção divina para os navagadores que ali passavam pois a junção dos rios Min, Dadu e Qingyi é bem traiçoeiora. A montanha ao lado a Wuyou foi separada da montanha Lingyun em 250 d.C. para reduzir as correntes dos rios.
Tanto a montanha Wuyon ganhou outros templos quando o DaFo foi concluído como o vão entre as duas motanhas recebeu uma belíssima ponte. Esta ponte faz parte do final do trajeto. É interessante para os viajantes mais precavidos guardar um tempo generoso para depois de apreciar o Buda gigante, somado à uma boa caminhada ter um fôlego extra quando pensar que o passeio terminou pois certamente o tempo e a disposição para curtir a belíssima Ponte Haoshang será pequeno. Já eram 17h e tínhamos de descer de van até a rodoviária embarcar com nossos amigos chineses para Emei Shan.
Nas fotos a Ponte Haoshang, a estátua dee DaFo e a Escadaria das Noves Voltas











RIO DA SABEDORIA 河的智慧





No hall de entrada foi apresentada as maquetes do elementos que fazem parte da pintura. Em destaque uma SAMPANA e a PONTE (construção típica da época)


A Exposição da versão animada eletrônica da pintura"Cenas das margens do rio durante o Festival Cheng Ming" foi a maior atração no pavivilhão da China durante a EXPO-SHANGHAI 2010 que durante 6 meses 1 milhão de pessoas puderam admirar essa versão super high-tech. Em Macau de 25 de março até 14 de abril a exposição estará ocorrendo na Nave Esportva na Ilha de Taipa. A "nave" é um complexo esportivo de dimenções enormes que foi construído para os jogos olímpicos da Ásia Oriental em 2005.
A idéia da Exposição é de dar vida aos elementos do famoso quadro de Yu Zheng que retrata a cidade de Kaifeng durante a Dinastia Song. O quadro original pode ser visto no Museu de Shanghai e em Beijing ele mede 14 m x 90cm.



Essa é a réplica em tamnho original. Vemos ao centro a ponte demostrando a tecnologia dominada pela na época pois sem nenhuma viga de sustentação fazia com que sua beleza somada ao seu reflexo no rio formasse uma imagem circular dando uma sensação de infinitude.

Transformou-se num quadro emblemático pois ele retrata com detalhes a vida e os costumes daquela cidade.
A exposição atual nao deixa por menos pois os halls de entarada da exposição eles mostram os elementos da pinura em versões 360 graus e no final a impressionante tela de cristal líquido de 128 m X 6 m onde toda a pintura ganha vida com belos movimentos, sons da cidade, o nascer do dia até o cair da noite..... de tirar o fôlego de qualquer um. Um verdadeiro espetáculo.

É claro que as imagens são de um cinegrafista amador mas para se ter uma idéia funciona. No primeiro vemos a projeção de um elemento da pintura, o ambulante num burro, em 360 graus e após ele é inserido na pintura. Ao lado é uma imagem na grande sala onde a tela de 128m (cristal líquido) acima de um rio também virtual mostram o quadro com um grande desenho animado.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Até parece que Eduardo Galeano previa o "strike" em POA

O sequestro dos fins pelos meios: O supermercado o compra, o televisor lhe assiste, o automóvel o dirige. Os gigantes que fabricam automóveis e combustíveis, negócios quase tão rentáveis quanto armas e drogas, convenceram-nos de que o motor é o único prolongamento possível do corpo humano. Em nossas cidades, submetidas à ditadura do automóvel, a grande maioria das pessoas não tem outra alternativa a não ser pagar para viajar, como sardinhas em lata, num transporte público destrambelhado e insuficiente.
A sociedade de consumo, oitava maravilha do mundo, décima sinfonia de Beethoven, impõe-nos sua simbologia de poder e sua mitologia de ascensão social. "O carro é seu melhor amigo", informa um anúncio. A vertigem sobre rodas o fará feliz: "Viva uma paixão!", oferece outro anúncio. A publicidade o convida para entrar na classe dominante acessando a chavinha mágica que liga o motor: "Imponha-se!", ordena a voz que dita as ordens do mercado, e também: "Demonstre que você tem personalidade!". E, se não me falha a memória da infância, se você colocar um tigre no tanque, você será o mais rápido e o mais poderoso de todos, e passará por cima (sejam de ciclistas ou de“bicicletas”) de quem atrapalhar o seu caminho em direção ao sucesso.
A linguagem fabrica a realidade ilusória que a publicidade precisa para vender seus produtos. Mas ocorre que, na realidade real, os instrumentos criados para multiplicar a liberdade contribuem para nos encarcerar. O carro, essa máquina de ganhar tempo, devora o tempo humano. Nascido para nos servir, coloca-nos a seu serviço: ele nos obriga a trabalhar mais e mais horas para poder alimentá-lo, rouba nosso espaço e envenena nosso ar.
Em nome da liberdade de empresa, da liberdade de circulação e da liberdade de consumo, o ar urbano tornou-se irrespirável. O carro não é o único culpado pela agressão cotidiana ao ar no mundo, mas é quem mais diretamente ataca os habitantes das cidades. As ferozes descargas de chumbo que se enfiam no sangue, agredindo os nervos, o fígado e os ossos, têm efeitos devastadores principalmente no hemisfério sul, onde não são obrigatórios os catalizadores nem a gasolina purificada. Conforme denunciam os ecologistas, em Santiago do Chile, cada criança que nasce aspira o equivalente a sete cigarros diários e uma em cada quatro crianças sofre de alguma forma de bronquite.
O que é a ecologia? Um táxi pintado de verde?
Na Cidade do México, os táxis pintados de verde são chamados de táxis ecológicos e chamam-se de parques ecológicos as poucas árvores de cor doentia que sobrevivem ao assédio dos carros. Numa publicação oficial, as autoridades da capital mexicana difundiram alguns conselhos ecológicos que parecem ter sido inspirados pelos mais sombrios profetas do apocalipse.
A Comissão Metropolitana de Prevenção e Controle da Contaminação Ambiental recomenda textualmente aos habitantes da cidade que "permaneçam o menor tempo possível ao ar livre, mantenham fechadas portas e janelas e não pratiquem exercícios das 10 às 16 horas" nos dias muito poluídos, que são quase todos.
Segundo relatam os estudiosos de antiguidades gregas. a cidade nasceu como um lugar de encontro das pessoas. Há espaço para as pessoas nestas imensas garagens? Pouco antes da publicação desses conselhos ecológicos, saí caminhando pelas ruas da Cidade do México. Andei quatro horas entre motores que rugiam. Sobrevivi. Meus amigos me deram boas-vindas emocionados, mas me recomendaram um bom psiquiatra.
Os automóveis matam uma multidão, a cada ano, no mundo inteiro. Em muitos países, as estatísticas são duvidosas, ou inexistentes ou não estão atualizadas. As últimas estimativas globais disponíveis (do Worldwatch Institute, de Washington) indicam que mais de 250 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito em 1985. Nem a guerra do Vietnã matou tanta gente em apenas um ano.
No mundo inteiro, o trânsito é a primeira causa de morte entre os jovens, acima de qualquer doença, droga ou crime. Uma enorme campanha internacional de propaganda, com nuances francamente terroristas, adverte diariamente aos jovens sobre os riscos do sexo em tempos de Aids. Por que não fazer uma campanha semelhante acerca dos perigos do automóvel? A carteira de motorista equivale à licença de porte de armas?
Andar de bicicleta pelas ruas das grandes cidades latino-americanas, que não têm ciclovias, é a forma mais prática de se suicidar. Nos países do sul do planeta, onde as normas existem para serem violadas, há muito menos carros do que nos países do norte, porém matam muito mais.
Porque os latino-americanos que não têm nem terão carro próprio - a imensa maioria não pode nem poderá comprá-lo - continuam condenados a aguardar nas esquinas, sem outro remédio a não ser esperar os escassos ônibus? Por que não abrir, antes que se já tarde, ciclovias protegidas nas avenidas e ruas principais?
Os carros não votam, mas os políticos têm pânico de provocar-lhes o mínimo desgosto. Nenhum governo latino-americano atreveu-se a desafiar o poder motorizado. É verdade que recentemente Cuba se encheu de bicicletas, mas isso não aconteceu durante os trinta e tantos anos de revolução. A bicicleta aparece maciçamente em Cuba quando não há outro remédio, porque não sobra uma gota de petróleo: não como uma alegria desfrutável, mas como uma calamidade inevitável.
Nem sequer as revoluções, às quais ninguém poderia negar o desejo de mudança, propuseram-se a pôr em prática esta singela maneira de diminuir a dependência das onipotentes empresas que dominam o negócio do transporte e do petróleo no mundo. Não existe pior colonialismo do que aquele que nos conquista o coração e nos apaga a razão.
Eduardo Galeano(2001)

Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro

Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro
Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro. Até lá.