Ainda podemos ser otimistas e avaliar também os pontos positivos sem perder a ternura, esperança nem a criticidade. Olhar hoje o Brasil, Porto Alegre e agora a república dos EUA, com sua estrondosa crise financeira, poderíamos pensar na saudosa lógica e convincente marxista que o capitalismo realmente está em derrocada. Não que a capital do mercosul (pleiteada aqui por essas bandas, um tanto visionárias) tenha alguma responsabilidade direta, indireta ou consciente nisso. Após eleger Fogaça com tantos votos nos faz pensar como sua administração que foi a mais transparente(ou quase invisível) onde não se fez presente na cidade onde moro e a qual as vezes vegetamos, essa cidade deu enorme referendo para essa política tradicional (talvez parecida com a hegemonia que teve o PT) onde as conclusões de obras e inaugurações de outras ocorreram justamente em seu ultimo ano de mandato. Tudo bem que a esquerda mais genuína da cidade se dividiu, degladiou e depois tentou distribuir rosas amarelas, pois as vermelhas são e estão sendo disputadas ou reivindincadas (verbo tão nobre quanto usado pela nossa "dita" esquerda) como legado das propostas mais tranformadoras de nossa cidade. Barak Obama vence nos states, como o primeiro presidente negro. Aqui no Brasil um presidente nordestino, sem curso superior, se reelege de uma forma arrasadora que parece ir contra a lógica e a tradição dominante. Conseguindo com sua estratégia (anulando essa maré de CPI's) colocar e manter nosso país continente forte e sereno diante de tamanha insegurança no campo da economia especulativa mundial como um grande e promissor emergente país na conjuntura econômica do planeta. Entendo pouco ou nada de política econômica mas meu professor de tenis sempre alertava : "- Devemos surpreender os adversários e também nossos parceiros em uma disputa...". Queria ilustrar com isso que todo o sensacionalismo em que foi aguardado e recebido em Beijin, na abertura das olimpíadas, o Presidente(derrotado) buschinho, eu e nem ele nunca poderiamos imaginar que as cenas produzidas pela TV Chinesa estariam mostrando na mesma mesa somente e tão somente o Presidente anfitrião Hujintao, Lula, Bush e... mais ninguém. Para fechar com o professor todos esperavam atritos e "puxa-saquismos"entre apenas para os G7. Foi um arrepio alegre perceber com aquelas imagens, que obviamente não chegaram aqui, o tamanho da importancia do Brasil perante outros chefes de estado que observavam em mesas distantes e periféricas. Claro que se não fosse eu um defensor do "copo vazio que está cheio de ar ......"sei lá o que pensaria eu ou o restante da China nesse momento. Mas a verdade é inconteste essa liderança (Lula) veio pra entrar e ficar na historia do país e do mundo. Barak Obama também, este talvez não mude a natureza belicosa e imperialista de seu país mas coloca como real a possibilidade da ascenção de uma parcela negra na sociedade racial-estadunidense, que sempre imaginávamos impossivel. O mundo não mudou, muito menos o planeta-homem fez seu pacto com a natureza. Mas esses fatos nos mostram que essas situações são possíveis quando não nos conformamos com a lógica e o óbvio. Se navegar é preciso, também é preciso crer na metáfora do de daquele copo que talvez tenha ar suficiente para inflar os pulmões das políticas sócio-ambientais, da solidariedade, da cidadania e da esperança e a alegria de se acreditar naquilo que é e que é.........porque a vida é bonita é bonita e não devemos ter a vergonha de querer ser feliz nem aceitar o mundo como está.
Caros Amigos e Pacientes
Nosso site www.saudedaboca.com.br já está no ar.
Para qualquer ORIENTAÇÃO aguardo seu contato por email, skipe ou facebook.
Um abraço.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O Mundo sem Osama e com Obama
Ainda podemos ser otimistas e avaliar também os pontos positivos sem perder a ternura, esperança nem a criticidade. Olhar hoje o Brasil, Porto Alegre e agora a república dos EUA, com sua estrondosa crise financeira, poderíamos pensar na saudosa lógica e convincente marxista que o capitalismo realmente está em derrocada. Não que a capital do mercosul (pleiteada aqui por essas bandas, um tanto visionárias) tenha alguma responsabilidade direta, indireta ou consciente nisso. Após eleger Fogaça com tantos votos nos faz pensar como sua administração que foi a mais transparente(ou quase invisível) onde não se fez presente na cidade onde moro e a qual as vezes vegetamos, essa cidade deu enorme referendo para essa política tradicional (talvez parecida com a hegemonia que teve o PT) onde as conclusões de obras e inaugurações de outras ocorreram justamente em seu ultimo ano de mandato. Tudo bem que a esquerda mais genuína da cidade se dividiu, degladiou e depois tentou distribuir rosas amarelas, pois as vermelhas são e estão sendo disputadas ou reivindincadas (verbo tão nobre quanto usado pela nossa "dita" esquerda) como legado das propostas mais tranformadoras de nossa cidade. Barak Obama vence nos states, como o primeiro presidente negro. Aqui no Brasil um presidente nordestino, sem curso superior, se reelege de uma forma arrasadora que parece ir contra a lógica e a tradição dominante. Conseguindo com sua estratégia (anulando essa maré de CPI's) colocar e manter nosso país continente forte e sereno diante de tamanha insegurança no campo da economia especulativa mundial como um grande e promissor emergente país na conjuntura econômica do planeta. Entendo pouco ou nada de política econômica mas meu professor de tenis sempre alertava : "- Devemos surpreender os adversários e também nossos parceiros em uma disputa...". Queria ilustrar com isso que todo o sensacionalismo em que foi aguardado e recebido em Beijin, na abertura das olimpíadas, o Presidente(derrotado) buschinho, eu e nem ele nunca poderiamos imaginar que as cenas produzidas pela TV Chinesa estariam mostrando na mesma mesa somente e tão somente o Presidente anfitrião Hujintao, Lula, Bush e... mais ninguém. Para fechar com o professor todos esperavam atritos e "puxa-saquismos"entre apenas para os G7. Foi um arrepio alegre perceber com aquelas imagens, que obviamente não chegaram aqui, o tamanho da importancia do Brasil perante outros chefes de estado que observavam em mesas distantes e periféricas. Claro que se não fosse eu um defensor do "copo vazio que está cheio de ar ......"sei lá o que pensaria eu ou o restante da China nesse momento. Mas a verdade é inconteste essa liderança (Lula) veio pra entrar e ficar na historia do país e do mundo. Barak Obama também, este talvez não mude a natureza belicosa e imperialista de seu país mas coloca como real a possibilidade da ascenção de uma parcela negra na sociedade racial-estadunidense, que sempre imaginávamos impossivel. O mundo não mudou, muito menos o planeta-homem fez seu pacto com a natureza. Mas esses fatos nos mostram que essas situações são possíveis quando não nos conformamos com a lógica e o óbvio. Se navegar é preciso, também é preciso crer na metáfora do de daquele copo que talvez tenha ar suficiente para inflar os pulmões das políticas sócio-ambientais, da solidariedade, da cidadania e da esperança e a alegria de se acreditar naquilo que é e que é.........porque a vida é bonita é bonita e não devemos ter a vergonha de querer ser feliz nem aceitar o mundo como está.
domingo, 10 de agosto de 2008
Lua Invertida & Som Atrasado
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Longa Marcha
Sair de Guilin de barco pelo Rio Lijiang até o condado de Yangshuo são tres horas em um rio que serpenteia os picos onde nossa guia sempre desafiava a imaginação para interpretarmos que nomes daríamos àquele relevo pois suas formas fazem dão as mesmas sensações de quando olhamos para as nuvens e visualizamos formas de pessoas ou bichos tal qual a quantidade e a variedade destes picos de carstre.Pelas curvas do percurso e no balanço do barco vamos sendo acompanhados por jangadas feitas geralmente com cinco espessos bambus trazendo em cima nativos que oferecem produtos artesanais típicos da região. A destreza destes em se "colar"no barco e fazer seu comércio acaba nos cativando seja pela beleza de seu trabalho artesanal ou pela presença de seus fiéis cormorões. Yanshuo é uma pequena cidade rodeada também pelos picos e por arrozais. Tanto arroz que a bebida típica do local é o "Mijiou"(vinho de arroz com seus altos teores alcoólicos em torno de 42%) a comida é uma massa transparente também feita de arroz o "Mifan". Após repousar em Yangshuo retornamos a Guilin para visitar as enormes grutas de estalactites / estalagmites,qu os estonteou. Seguimos para a antiga capital chinesa Xian (província de Shaanxi), coração da China, de avião. Em Xi'an seguimos com o obrigatório passeio de visitar a oitava maravilha do mundo antigo “Os Guerreiros de Terracota” descoberta em 1976 por um camponês ao abrir um poço artesiano. Seguido do impressionante mausoléo do imperador Qing Shi Huang (dinastia Qing) e após o mergulho na história do imperador Huaqing (dinastiaTang) que trocou seu reino por uma das cinco beldades chinesas. O primeiro unificou a China na política, na escrita, na matemática e na geografia, o segundo viveu intensamente a sua história amorosa deixando em segundo plano essa coisa de admnistrar o poder. Na manhã seguinte, outro lindo passeio pelas muralhas que circundam a antiga cidade de Xi'an. Única muralha totalmente preservada,hoje ela esta no coração da cidade pois esta com seus 6 milhões de hab estravazou à algum tempo essa muralha.Pareciamos criança quando o vimos a possibilidadede circundarmos de bicicleta os 14 km construídos com taipa, cal viva e extrato de arroz viscoso tendo no seus 18 m de altura e 12 m de altura uma grande chance de curtir os telhados da velha cidade visto do alto da muralha. Seguimos no dia seguinte por estradas amplas e, modernas cheias de pedágios(bem mais baratos que no Brasil) com controladores de velocidade até Luoyang visitar as cavernas Longmen com seus Budas de vários tamanhos esculpidos direto na montanha e pedra. A soma de grutas chega a 2000, a montanha parece um queijo suiço.
As Placas Chinesas de Macau
Claro que chama atenção ruas que tem um nome em portugues e uma "tradução" em chines mesmo que isso nçao tenha nenhuma ou alguma semelhança ou congruência. O que importa é que indenpendente de haver consenso nos significados chineses e não chineses se orientam pelas ruas desta pequena e populosa cidade.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
XIX FESTIVAL DE ARTES DE MACAU
quarta-feira, 4 de junho de 2008
"A ponte é somente pra atravessar" (Lenine)
Nestas imagens de arquivo vemos como era o transporte para a Ilhas de Macau de barco e a inauguração da Ponte da Amizade em 1974.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Charque ,Peixe Seco e Globalização
"Olha guri, leva uns cobres de reserva, pega uma erva pra cevar teu chimarrão e leva um charque para ver se tu conservas uma pontinha de amor por este chão."- Luiz Marenco
-Para saber mais sobre o compositor visite o site http://www.wilsonpaim.com.br/index.php?tion=com_content&task=view&id=32&Itemid=6
terça-feira, 13 de maio de 2008
Tochas, Tufões e Terremotos
LEIA TAMBÉM
SOBRE SAPOS E SISMÓGRAFOS
http://super.abril.com.br/superarquivo/1989/conteudo_111601.shtml
domingo, 4 de maio de 2008
MACAU RECEBE A CHAMA COM FESTA
A perguntar que não quer calar....
Porque essa tocha passou na
Argentina
e não passou no Brasil?
Clique nesse endereço e veja um trecho da entrevista que demos ao jornal de Macau
http://www.jtm.com.mo/view.asp?dT=279203001
MACAU RECEBE A CHAMA COM FESTA
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Olimpiadas e a sensação da história de cada um
A verdade é que os governos chineses tem melhorado de forma continuada a qualidade de vida deste povo e agora estes indivíduos saem para as ruas em um apoio inconteste.Ninguém é mais ingenuo e todos nós sabemos que as olimpiadas são usadas como parâmetro das políticas de cada país.Não existe mais possibilidade do esporte olimpico ser apenas pelo esporte,é realmente afirmação de um projeto político. Acho que o desespero europeu e norte americano é um aviso de uma vitória "esportiva e política "do oriente chines .
terça-feira, 29 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Tibete na Folha de São Paulo
E se aqueles que se preocupam com a falta de democracia na China estiverem na realidade preocupados com o desenvolvimento acelerado do país?
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"PROTESTOS ANTI-CHINA POR COMETER ATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA MONGES NÃO LEVAM EM CONTA QUE PEQUIM AJUDOU A TIRAR TERRITÓRIO DA MISÉRIA E DA CORRUPÇÃO APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL" SLAVOJ ZIZEKCOLUNISTA
(publicado no Caderno Mais de domingo,13 abril de 2008) /
As notícias publicadas em toda a mídia nos impõem uma imagem determinada que é mais ou menos como segue. A República Popular da China, que, nos idos de 1949, ocupou ilegalmente o Tibete, durante décadas promoveu a destruição brutal e sistemática não apenas da religião tibetana, mas também da própria identidade dos tibetanos como povo livre. Os protestos recentes do povo tibetano contra a ocupação chinesa foram novamente sufocados com força policial e militar bruta.Como a China está organizando os Jogos Olímpicos de 2008, é dever de todos nós que amamos a democracia e a liberdade pressionarmos a China para devolver aos tibetanos aquilo que ela lhes roubou; não se pode permitir que um país que possui um histórico tão deficiente em matéria de direitos humanos passe uma mão de cal sobre sua imagem com a ajuda do nobre espetáculo olímpico.O que farão nossos governos? Vão ceder ao pragmatismo econômico, como de costume, ou encontrarão a força necessária para colocar nossos mais elevados valores éticos e políticos acima dos interesses econômicos de curto prazo?Embora a atividade chinesa no Tibete sem dúvida tenha incluído muitos atos de destruição e terror assassino, existem muitos aspectos dela que destoam dessa imagem simplista de "mocinhos versus vilões".Enumero, a seguir, nove pontos a serem mantidos em mente por qualquer pessoa que faça um julgamento sobre os fatos recentes no Tibete.1) Complexa, e em muitos momentos a China exerceu o papel de poder protetor. O próprio termo "dalai-lama" é testemunho dessa interação: reúne o "dalai" (oceano) mongol e o "bla-ma" tibetano.
2) Antes de 1949, o Tibete não era nenhum Xangri-Lá, mas um país dotado de feudalismo extremamente rígido, miséria (a expectativa média de vida pouco passava dos 30 anos), corrupção endêmica e guerras civis (sendo que a última, entre duas facções monásticas, ocorreu em 1948, quando o Exército Vermelho já batia às portas do país). Por temer a insatisfação social e a desintegração, a elite governante proibia o desenvolvimento de qualquer tipo de indústria, de modo que cada pedaço de metal usado tinha que ser importado da Índia. Mas isso não impedia a elite de enviar seus filhos para estudar em escolas britânicas na Índia e transferir seus ativos financeiros a bancos britânicos, também na Índia.3) A Revolução Cultural que devastou os mosteiros tibetanos na década de 1960 não foi simplesmente "importada" dos chineses: na época da Revolução Cultural, menos de cem guardas vermelhos foram ao Tibete, de modo que as turbas de jovens que queimaram mosteiros foram compostas quase exclusivamente de tibetanos.4) No início dos anos 1950, começou um longo, sistemático e substancial envolvimento da CIA na incitação de distúrbios anti-China no Tibete, de modo que o receio chinês de tentativas externas de desestabilizar o Tibete não era, de modo algum, "irracional".5) Como demonstram as imagens veiculadas pela TV, o que está acontecendo agora nas regiões tibetanas já não é mais um protesto "espiritual" pacífico de monges (como o que aconteceu em Mianmar um ano atrás), mas (também) bandos de pessoas matando imigrantes chineses comuns e incendiando suas lojas. Logo, devemos avaliar os protestos tibetanos segundo os mesmos critérios com os quais julgamos outras manifestações violentas: se tibetanos podem atacar imigrantes chineses em seu próprio país, por que os palestinos não podem fazer o mesmo com colonos israelenses na Cisjordânia?6) É fato que a China fez grandes investimentos no desenvolvimento econômico do Tibete e em sua infra-estrutura, educação, saúde etc. Para explicar em termos simples: apesar de toda a opressão inegável, nunca, em toda sua história, os tibetanos medianos desfrutaram de um padrão de vida comparável ao que têm hoje.7) Nos últimos anos, a China vem mudando sua estratégia no Tibete: a religião despida de política hoje é tolerada e mesmo apoiada. Mais do que na pura e simples coação militar. Em suma, o que escondem as imagens veiculadas pela mídia de soldados e policiais chineses brutais espalhando o terror entre monges budistas é a muito mais eficaz transformação socioeconômica em estilo americano: dentro de uma ou duas décadas, os tibetanos estarão reduzidos à situação dos indígenas americanos nos EUA.Parece que os comunistas chineses finalmente entenderam a lição: de que vale o poder opressor de polícias secretas, campos e guardas vermelhos destruindo monumentos antigos, comparado ao poder do capitalismo sem freios, quando se trata de enfraquecer todas as relações sociais tradicionais?Ideologia "new age"
8) Uma das principais razões por que tantas pessoas no Ocidente tomam parte nos protestos contra a China é de natureza ideológica: o budismo tibetano, habilmente propagado pelo dalai-lama, é um dos pontos de referência da espiritualidade hedonista "new age", que está rapidamente se convertendo na forma predominante de ideologia nos dias atuais. Nosso fascínio pelo Tibete o converte numa entidade mítica sobre a qual projetamos nossos sonhos. Assim, quando as pessoas lamentam a perda do autêntico modo de vida tibetano, não estão, na verdade, preocupadas com os tibetanos reais. O que querem dos tibetanos é que sejam autenticamente espirituais por nós, em lugar de nós mesmos o sermos, para continuarmos a jogar nosso desvairado jogo consumista. O filósofo francês Gilles Deleuze [1925-75] escreveu: "Se você está preso no sonho de outro, está perdido". Os manifestantes que protestam contra a China estão certos quando contestam o lema olímpico de Pequim, "Um mundo, um sonho", propondo em lugar disso "um mundo, muitos sonhos".Mas eles devem tomar consciência de que estão prendendo os tibetanos em seu próprio sonho, que é apenas um entre muitos outros.9) Para concluir, a dimensão realmente nefasta do que vem acontecendo hoje na China está em outra parte. Diante da atual explosão do capitalismo na China, os analistas freqüentemente indagam quando vai se impor a democracia política, o acompanhamento político "natural" do capitalismo.Essa questão com freqüência assume a forma de outra pergunta: até que ponto o desenvolvimento chinês teria sido mais rápido se fosse acompanhado de democracia política? Mas será que isso é verdade? Numa entrevista há cerca de dois anos, [o sociólogo] Ralf Dahrendorf vinculou a crescente desconfiança com que a democracia vem sendo vista nos países pós-comunistas do Leste Europeu ao fato de que, após cada mudança revolucionária, a estrada que conduz à nova prosperidade passa por um "vale de lágrimas". Ou seja, após o colapso do socialismo não se pode passar diretamente para a abundância de uma economia de mercado bem-sucedida: o sistema socialista limitado, porém real, de bem-estar e segurança precisou ser desmontado, e esses primeiros passos são necessariamente dolorosos.Vale de lágrimasO mesmo se aplica à Europa Ocidental, onde a passagem do Estado de Bem-Estar Social para a nova economia global envolve renúncias dolorosas, menos segurança e menos atendimento social garantido.Para Dahrendorf, o problema é resumido pelo fato de que essa dolorosa passagem pelo "vale de lágrimas" dura mais tempo que o período médio entre eleições (democráticas), de modo que é grande a tentação de adiar as transformações difíceis, optando por ganhos eleitorais de curto prazo. Não surpreende que os países mais bem-sucedidos do Terceiro Mundo, em termos econômicos (Taiwan, Coréia do Sul, Chile), tenham adotado a democracia plena só após um período de governo autoritário.Esse raciocínio não seria o melhor argumento em defesa do caminho chinês em direção ao capitalismo, em oposição à via seguida pela Rússia? Seguindo o caminho percorrido pelo Chile e a Coréia do Sul, os chineses usaram o poder irrestrito do Estado autoritário para controlar os custos sociais da passagem para o capitalismo, desse modo evitando o caos.Em suma, uma combinação esdrúxula de capitalismo e governo comunista, longe de ser uma anomalia ridícula, mostrou ser uma bênção (nem sequer) disfarçada: a China se desenvolveu na velocidade em que o fez não apesar do governo comunista autoritário, mas devido a ele.E se aqueles que se preocupam com a falta de democracia na China estiverem na realidade preocupados com o desenvolvimento acelerado da China, que faz dela a próxima superpotência global, ameaçando a primazia do Ocidente?Há mesmo um outro paradoxo em ação aqui: e se a prometida segunda etapa democrática que vem após o vale de lágrimas autoritário nunca chegar?É isso, possivelmente, que é tão perturbador na China de hoje: a idéia de que seu capitalismo autoritário talvez não seja apenas um resquício de nosso passado, a repetição do processo de acúmulo capitalista que se desenrolou na Europa entre os séculos 16 e 18, mas sim um sinal do futuro.E se "a combinação agressiva entre o chicote asiático e o mercado acionário europeu" se mostrar economicamente mais eficiente que nosso capitalismo liberal? E se ela assinalar que a democracia, tal como a conhecemos, não é mais condição e motor do desenvolvimento econômico, e sim um obstáculo a ele?
--------------------------------------------------------------------------------SLAVOJ ZIZEK é filósofo esloveno e autor de "Um Mapa da Ideologia" (Contraponto).
Ele escreve na seção "Autores", do Mais! . Tradução de Clara Allain
domingo, 27 de abril de 2008
De onde vem a verdade sobre o Tibete. ChangPing 1
Na outra edição não conseguiram apagar a tocha e agora…
De acordo com os materiais recolhidos pelos internautas, apareceram manipulações evidentes nos noticiários sobre os acontecimentos em Lhasa. Nas mídias de alguns países, inclusive Alemanha, EUA, Reino Unido e a Índia entre outros. Do ponto de vista da norma jornalística, alguns erros são elementares, até há suspeita de manipulação intencional. Mesmo que algumas empresas jornalísticas tenham manifestado desculpas e retificações, a falta com a verdade nas reportagens causaram danos. E isto é um fato que dificilmente obterão o perdão do povo chinês. Como qualquer noticiário falso, esse prejuízo recai primeiramente na credibilidade da própria imprensa: uma mentira destrói dez mil verdades. Durante os noticíarios seguintes a esse fato, e nos demais fatos importantes que irão ocorrer no futuro; caso a mídia chinesa, da mesma forma, não possa exercer a liberdade de expressão, enquanto a mídia internacional se torne duvidosa, de onde virá a verdade dos fatos?
Em algumas das falsas notícias da mídia internacional denunciadas pelos internautas, querem através de sua ação fazer com que todos vejam a veracidade dos fatos em Lhasa. Isso não se justifica, porque a sua ação apenas faz com que as pessoas vejam o fato que a mídia ocidental não noticiam a verdade. O que realmente ocorreu em Lhasa? A maioria dos chineses só viu a notícia unificada divulgada pelo governo após vários dias de silêncio. Quanto a origem de qualquer notícia única e com caráter monopolista, não tenho coragem de dizer que seja falsa, mas também não posso confirmar que seja verdadeira. A maioria dos órgãos de imprensa chama isso de “A verdade editada meticulosamente pelo governo chinês”. A seguir, o governo organizou uma missão de jornalistas internacionais para visitarem Lhasa, mas as suas reportagens, em sua maioria, também não foram traduzidas de volta − devido ao fervor do debate sobre o caráter da imprensa ocidental; e mesmo que traduzisse também não teria muita credibilidade.
Primeira edição em 1896 (Atenas)
A indignação continuou a se espalhar. Mesmo que a página “Contra a CNN” divulgue que “Na realidade, não somos contra a imprensa propriamente dita, mas somos contra às reportagens com falta de objetividade; não somos contra o povo ocidental, mas somos contra o preconceito”. Mas a realidade não é assim tão simples, muitos internautas foram em direção contrária − até já começaram na posição contrária: eles não estão interessados com a objetividade e com a imparcialidade, mas se importam com o posicionamento da própria mídia. O preconceito pode ser aceito, a questão-chave é sobre para onde se inclina. Caso se queira realmente se posicionar no valor da imprensa, então eles não iriam apenas denunciar as reportagens falsas da imprensa ocidental, e sim, também deveriam suscitar dúvidas contra o governo chinês quanto a fonte de notícias e seu rígido controle à mídia nacional. Sem dúvida alguma, o prejuízo causado pelo último, é maior do que a do primeiro. Tal qual como a veracidade dos fatos ocorridos, é fácil fazer-se a retificação das falsas reportagens à imprensa individualmente, apenas necessita-se que alguns internautas chineses pacienciosos e cuidadosos a façam; quanto à crítica ao controle da imprensa, já está a se colocar de frente ao poder do Estado, é gritar em vão em todo o planeta.
Alguns cidadãos chineses já perceberam, que o mais temível não é a reportagem falsa e o preconceito. O que se precisa é de um ambiente de opinião pública, a qual se permita bastante transparência e discussão, então se terá a oportunidade de se caminhar em direção à verdade e à justiça. A reação de êxito dos internautas em relação à imprensa internacional nesse episódio, é um bom exemplo. Os que perceberam o problema mais cedo e reagiu em tempo real, foram os alunos chineses no exterior. As produções de imagens reveladas por eles, circularam livremente pela BBS, bem como foram transmitidas com sucesso na famosa página Youtube da internet. Caso essas mídias da internet sofrerem restrições, então o rítmo das denúncias serão restringidas.
O maior prejuízo dos falsos noticiários ao valor da imprensa é de fazer com que muitas pessoas desistam ainda mais da credibilidade quanto à sua objetividade e imparcialidade, e escolherão a posição nacionalista estreita. Eles dirão em conclusão, que o valor universal é só para enganar as pessoas, o que existe é apenas as disputas de interesse entre as nações. Inclusive, até se embasarão nisso, para dizer que mentir é “uma prática internacional”, e perdoarão as mentiras sejam históricas ou ao seu redor. Claro que, algumas pessoas já pensavam assim, e o episódio ocorrido dessa vez, servirão-lhes de prova, para propagar isso às demais pessoas.
Mas eu também percebi que, muitos chineses aproveitaram essa oportunidade para realizar mais debates amplos e aprofundados. Eles descobriram que, o preconceito ocidental sobre a China, tem a origem num sentimento de superioridade cultural. Logo, tem que ser advertido que, quando os han[2] se deparam com as minorias étnicas, tem ou não um preconceito guiado por esse sentimento de superioridade cultural? As notícias distorcidas sobre a China feitas pelos ocidentais, tem na origem a surdez e em não querer compreender, por estarem embriagados no orientalismo de Edward Waefie Said. E nós, como temos tratado as nossas minorias étnicas? Caso utilizarmos o nacionalismo como arma contra o ocidente, como iremos convencer às minorias etnicas à abandonarem o nacionalismo e a se somarem à corrente da construção nacional? O Dalai Lama exige que o governo faça uma reavaliação de seu valor; então, quem ele é realmente? Afora a definição governamental, será que a imprensa terá permissão de discutir livremente para que se possa avançar na averiguação da veracidade dos fatos?
Tradução: .Márcia Schmaltz (Professora da Universidade de Macau)
[1] Trabalhador da mídia, foi diretor de notícias do Zhoufang Zhoumo (Fim de semana do Sul), entre 2003-2004 foi pesquisador visitante da Universidade de Berkley na Califórnia. Atualmente, exerce o cargo de Vice Editor-geral de Nandu Zhoukan (Semanário Capital Sulista) e professor da Faculdade de Direito e Política na Universidade de Huadong. (N.T.).
[2] Maioria étnica chinesa (97%) (N.T.).
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Sobre bambus e tufão (incompleto)
Dia 19 de abril por aqui nesses dias um tufão tropical,originado das Filipinas denominado de "Neoguri",vejam só, não recebeu denominação feminina (talvez por não ser muito forte ).Lá no país do bushinho certamente iria se chamar de barbie ou sei lá o que .É claro , no dia seguinte a curiosidade em saber se os antiquados bambus teriam resistido....
E não é que a surpresa foi enorme pois aquelas estruturas se mantiveram quase que intactas ,inclusive uma complicada estrutura montada para ser palco de mais uma Ópera Chinesa que será apresentada em Macau será no dia 26 de abril ( a companhia vem de Hong Kong)
Para se fazer uma metafora para com bambu até que é fácil"É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão."(stephen r.covey)
sexta-feira, 11 de abril de 2008
"A Praça Castro Alves é do povo como o céu é do avião..."Caetano Veloso
Achar proximidade entre Camões e Castro Alves é difícil.Mas quando vemos um espetáculo assim percebemos que qualquer semelhança é muito mais que mera idiossincrasias .Pois enquanto a bahianagem fica lá naquele ritmo apaixonante de Oludom & Cia,para os mais antigos,os chineses aqui de Macau ,diga-se de passagem, que são bem mais antigos também se deliciam com essas Óperas Chinesas em plena praça.Com um espetáculo à céu aberto onde Beidi é o guardião.
terça-feira, 8 de abril de 2008
"Deus me fez um cara....Pele e osso simplesmente,quase sem recheio.." Chico Buarque
Aqui temos uma noção de como esses chineses chegavam neste local para tratamento contra a dependência ao ópio, e como se transformavam após um longo periodo de internação.
" A primeira condição de preservação da Velha China era seu total isolamento. Uma vez que a Inglaterra deu fim brutal a esse isolamento, a decomposição sobrevirá com a mesma inexorabilidade de uma múmia retirada do hermético sarcófago em que estava preservada e exposta ao ar livre". - Karl Marx (Revolution in China and in Europa, 1853) .
Fonte
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/china_3.htm
Para quem mora longe daqui, não poderia imaginar as consequências drásticas sofridas por aqueles que foram "sequelados"pelo ópio, abertamente patrocinado por esses "pacíficos e nobres" ingleses.
Na ilha de Taipa (bairro de Macau,onde moramos), os chineses estão desde o século XII, mas os portugueses começaram a chegar em 1851. No mesmo período onde o governo conseguiu debelar a droga do país é
construído em Taipa um local (foto ao lado) 0 que funcionou para o tratamento e a recuperação das vítimas desse "investimento inglês"(claro que a China nessa época já era bem maior que Cuba e a Rainha não era tão forte quanto o BUSH ), pois os estragos provocados exigiam uma investidura do governo local (chineses e portugueses) urgente em políticas públicas de saúde .
Descrevo superficialmente assim a origem deste bairro(cidade) que teve seu grande impulso de crescimento com a construção da primeira ponte em 1974(Ponte de Amizade) - hoje já são três entre Macau e Taipa .Claro,que agora, são outros tempos,e muitas outras pessoas (quase 500.000 hab) apesar da vontade bush, Taipa assim como Macau cresceram.
Preservando seu passado sem perder a noção do futuro.
abaixo uma das pontes que une Macau a Taipa,a torre de TV e ao fundo a ilha de Taipa
o por do sol no morro da Taipa Grande
...
aqui duas cenastípicas da Taipa histórica