Caros Amigos e Pacientes

"SÓ PODE CUIDAR DA SUA SAÚDE QUEM O CONHECE."
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Um abraço.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Mundo sem Osama e com Obama


"É sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar..... "
(letra e música Gilberto Gil)


Ainda podemos ser otimistas e avaliar também os pontos positivos sem perder a ternura, esperança nem a criticidade. Olhar hoje o Brasil, Porto Alegre e agora a república dos EUA, com sua estrondosa crise financeira, poderíamos pensar na saudosa lógica e convincente marxista que o capitalismo realmente está em derrocada. Não que a capital do mercosul (pleiteada aqui por essas bandas, um tanto visionárias) tenha alguma responsabilidade direta, indireta ou consciente nisso. Após eleger Fogaça com tantos votos nos faz pensar como sua administração que foi a mais transparente(ou quase invisível) onde não se fez presente na cidade onde moro e a qual as vezes vegetamos, essa cidade deu enorme referendo para essa política tradicional (talvez parecida com a hegemonia que teve o PT) onde as conclusões de obras e inaugurações de outras ocorreram justamente em seu ultimo ano de mandato. Tudo bem que a esquerda mais genuína da cidade se dividiu, degladiou e depois tentou distribuir rosas amarelas, pois as vermelhas são e estão sendo disputadas ou reivindincadas (verbo tão nobre quanto usado pela nossa "dita" esquerda) como legado das propostas mais tranformadoras de nossa cidade. Barak Obama vence nos states, como o primeiro presidente negro. Aqui no Brasil um presidente nordestino, sem curso superior, se reelege de uma forma arrasadora que parece ir contra a lógica e a tradição dominante. Conseguindo com sua estratégia (anulando essa maré de CPI's) colocar e manter nosso país continente forte e sereno diante de tamanha insegurança no campo da economia especulativa mundial como um grande e promissor emergente país na conjuntura econômica do planeta. Entendo pouco ou nada de política econômica mas meu professor de tenis sempre alertava : "- Devemos surpreender os adversários e também nossos parceiros em uma disputa...". Queria ilustrar com isso que todo o sensacionalismo em que foi aguardado e recebido em Beijin, na abertura das olimpíadas, o Presidente(derrotado) buschinho, eu e nem ele nunca poderiamos imaginar que as cenas produzidas pela TV Chinesa estariam mostrando na mesma mesa somente e tão somente o Presidente anfitrião Hujintao, Lula, Bush e... mais ninguém. Para fechar com o professor todos esperavam atritos e "puxa-saquismos"entre apenas para os G7. Foi um arrepio alegre perceber com aquelas imagens, que obviamente não chegaram aqui, o tamanho da importancia do Brasil perante outros chefes de estado que observavam em mesas distantes e periféricas. Claro que se não fosse eu um defensor do "copo vazio que está cheio de ar ......"sei lá o que pensaria eu ou o restante da China nesse momento. Mas a verdade é inconteste essa liderança (Lula) veio pra entrar e ficar na historia do país e do mundo. Barak Obama também, este talvez não mude a natureza belicosa e imperialista de seu país mas coloca como real a possibilidade da ascenção de uma parcela negra na sociedade racial-estadunidense, que sempre imaginávamos impossivel. O mundo não mudou, muito menos o planeta-homem fez seu pacto com a natureza. Mas esses fatos nos mostram que essas situações são possíveis quando não nos conformamos com a lógica e o óbvio. Se navegar é preciso, também é preciso crer na metáfora do de daquele copo que talvez tenha ar suficiente para inflar os pulmões das políticas sócio-ambientais, da solidariedade, da cidadania e da esperança e a alegria de se acreditar naquilo que é e que é.........porque a vida é bonita é bonita e não devemos ter a vergonha de querer ser feliz nem aceitar o mundo como está.
Nesse misto de poesia de Maiakówski e Jorge Mautner sugiro esse alento para os apaixonados pela vida, um lindo samba, que com essa veia apostam nos pilares de uma sociedade mais justa, solidária e ecológicamente humanitária. A canção se chama "Perspectiva" e é linda...
"......Para o júbilo, o planeta ainda está imaturo
É preciso arrancar alegria lá do futuro
Morrer nesta vida não é difícil
O difícil é a vida e seu ofício
E os demais todo mundo sabe
O coração tem moradia certa
Bem aqui no meio do peito
Mas é que comigo
A anatomia ficou louca
E sou todo, todo, todo, mas todo... Coração."
por enquanto vamos torcer que o sr Obama deixe de tentar caçar o sr Osama

domingo, 10 de agosto de 2008

Lua Invertida & Som Atrasado

As diferenças de estar longe do Brasil e ainda em outro hemisfério traz várias novidades. Os sejam quais forem , mas até voce perceber que no céu a lua esta virada em relação aquela que voce vê em seu país. Claro nunca paramos nessa vida agitada para pensar nisso, por isso leva um tempo até você perceber, mas é isso mesmo quando você pensa estar vendo uma lua crescente ela está minguando e vice versa .Quando está cheia voce percebe as crateras de ponta-cabeça. Algo estranho como a lua acontece se você tenta assistir e, quem já não fez isso por nossos rincões, para torcer ou secar, sabe da diáspora de tempo que separa aqueles que intolerando a intolerável narração da globo sendo de britos, galviões ou sabe-se lá quem.Na tentativa de fugir , sintonizando a imagem sem preferência na tv e no rádio a locução que mais apetece, claro que aqui a dupla foi a tv chinesa eo som do Brasil pela internet (Band AM). Se estando em casa o tempo da voz e a imagem tem uma discrepância nada agradável imaginem estando mais longe. Ver a vitória do Futebol Masculino do Brasil Olímpico com aquele gol antológico do Hernanes onde a narração brasileira tinha uma discrepância de no mínimo de 20 segundos. Esse tempo na vida de qualquer um não significa nada mas em uma partida de futebol representa mais ou menos o tempo de voce ver a comemoração e ouvir a narração do primeiro drible.
Qualquer um evita de escutar o galvião, brito e ou cléber mas com tanto atraso até disso a gente sente saudade. Não que para ver e enteder futebol precisemos de alguém narrando mas depois de tantos anos se sentir meio surdo nessas horas parece que muito da emoção se vai junto da surdez temporária. Não temos saudade desses narradores/comentaristas galvão isso nunca ...mas aquela diferença de ver o jogo na tv e ouvir no rádio nos dá muita saudade.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Longa Marcha

Foram quase 10000 km de viagem em 14 dias.Um roteiro que lembra o caminho feito por Mao Tsé Dong e sua tropa. Claro que o percurso é outro e utilizamos meios de transportes. Neste moderno país em crescimento como é a China dispomos de barco, trem, avião e van. Saímos de Macau em um avião da Air China para o distrito de Guilin(provincia de Guanxi). A paisagem impar de seus picos de castre que dão uma sensação de que cidade está encravada nas montanhas. Ruas planas e convidativas para um passeio de bicicleta que voce ao sair da cidade logo se depara com uma paisagem agreste e cheia de relevos mas constantemente pedalando no plano







Sair de Guilin de barco pelo Rio Lijiang até o condado de Yangshuo são tres horas em um rio que serpenteia os picos onde nossa guia sempre desafiava a imaginação para interpretarmos que nomes daríamos àquele relevo pois suas formas fazem dão as mesmas sensações de quando olhamos para as nuvens e visualizamos formas de pessoas ou bichos tal qual a quantidade e a variedade destes picos de carstre.Pelas curvas do percurso e no balanço do barco vamos sendo acompanhados por jangadas feitas geralmente com cinco espessos bambus trazendo em cima nativos que oferecem produtos artesanais típicos da região. A destreza destes em se "colar"no barco e fazer seu comércio acaba nos cativando seja pela beleza de seu trabalho artesanal ou pela presença de seus fiéis cormorões. Yanshuo é uma pequena cidade rodeada também pelos picos e por arrozais. Tanto arroz que a bebida típica do local é o "Mijiou"(vinho de arroz com seus altos teores alcoólicos em torno de 42%) a comida é uma massa transparente também feita de arroz o "Mifan". Após repousar em Yangshuo retornamos a Guilin para visitar as enormes grutas de estalactites / estalagmites,qu os estonteou. Seguimos para a antiga capital chinesa Xian (província de Shaanxi), coração da China, de avião. Em Xi'an seguimos com o obrigatório passeio de visitar a oitava maravilha do mundo antigo “Os Guerreiros de Terracota” descoberta em 1976 por um camponês ao abrir um poço artesiano. Seguido do impressionante mausoléo do imperador Qing Shi Huang (dinastia Qing) e após o mergulho na história do imperador Huaqing (dinastiaTang) que trocou seu reino por uma das cinco beldades chinesas. O primeiro unificou a China na política, na escrita, na matemática e na geografia, o segundo viveu intensamente a sua história amorosa deixando em segundo plano essa coisa de admnistrar o poder. Na manhã seguinte, outro lindo passeio pelas muralhas que circundam a antiga cidade de Xi'an. Única muralha totalmente preservada,hoje ela esta no coração da cidade pois esta com seus 6 milhões de hab estravazou à algum tempo essa muralha.Pareciamos criança quando o vimos a possibilidadede circundarmos de bicicleta os 14 km construídos com taipa, cal viva e extrato de arroz viscoso tendo no seus 18 m de altura e 12 m de altura uma grande chance de curtir os telhados da velha cidade visto do alto da muralha. Seguimos no dia seguinte por estradas amplas e, modernas cheias de pedágios(bem mais baratos que no Brasil) com controladores de velocidade até Luoyang visitar as cavernas Longmen com seus Budas de vários tamanhos esculpidos direto na montanha e pedra. A soma de grutas chega a 2000, a montanha parece um queijo suiço.










Até Denfeng são duas horas de carro e mais tres pedágios. Subir a montanha entrar no Templo Shaolin não é uma visita somente para os amantes das artes marciais.O jantar no Templo das monjas onde os pratos sem carne nos deixou em dúvida pois o sabor, cor e cheiro lembravam porco, peixe ou frango. Finalmente partimos para Beijing de trem por oito horas. Dormir confortávelmente no balançar dos vagões foi revigorante. Chegando a capital seis da manhã e a partir dos devidos e tradicionais check-ins da China, onde eles sempre revisam os vistos que o pessoal da fronteira já tinham feito, mas novamente estávamos lá "sccaneando" passaporte e etc. Já eram 9h ,quando saímos em direção da Praça Qiananmen. A praça assim como o Templo do Céu estão impressinantemente mais lindos pois uma grande recuperação de suas pinturas foram feitos, hoje olhando para os lados não se enxerga nenhuma obra, grua ou algum prédio sem acabamento. Apenas o imponente WTC de Beijing ainda com sua obra em curso. Em 2004 Beijing era um grande canteiro de obras a cidade parecia um filme de ficção científica poisao estar tomada de gruas gigantes onde era impossível enxergar apenas uma, elas estavam lá aos bandos. Hoje ainda com muitas bicicletas mas com uma redução perceptível proporcional ao número daquelas movidas por bateria. O ar da capital também foi perceptivelmente reformado, o bom seria que essa política ambiental fosse disseminada para outras cidades e para um um período mais extenso do que as olimpíadas. Mas a verdade é quanto as autoridades chinesas conseguiram, realmente é algo muito intenso.





Partimos após esses tres dias em Beijing para a Meca da beleza mítica da China que tanto foi ressaltada por Marcopolo as cidades de Hangzhou e Suzhou.
O contraponto da viagem ficou guardado para a moderna e tecnológica Shanghai. Após uma grandiosa e confotável jornada por uma China que tem os melhores e os piores dos reflexos do crescimento.Digo isso para aqueles desavisados turistas que pensam em conhecer uma China que realmente não existe mais. Aquela idéia de uma China mergulhada num passado cultural dinástico, analfabeta, atrasada tecnológicamente sem sombra de dúvidas não existe mais. A China das dinastias sequenciadas acabou. É hoje a maioria Han(que forma 95% da população) a dinastia dominante destes tempos de globalização que tão cedo não sairá da hegemonia dessa sociedade. A China cresceu, e tem crescido e seu crescimento tem impulsionado a economia mundial deixando as atuais potências perplexas e na obrigação de num futuro próximo incluir a China nas políticas macroecônomicas do planeta.

As Placas Chinesas de Macau




Entender as placas em Macau faz parte de um grande roteiro oficial desta cidade seja à pé, bicicleta ou carro. Claro que placa de w.c. para cachorro voce levará dias cpara entender bem como as placas que sinalizam "não jogar beatas no lixo" para evitar incêndio.




Claro que chama atenção ruas que tem um nome em portugues e uma "tradução" em chines mesmo que isso nçao tenha nenhuma ou alguma semelhança ou congruência. O que importa é que indenpendente de haver consenso nos significados chineses e não chineses se orientam pelas ruas desta pequena e populosa cidade.






















quarta-feira, 25 de junho de 2008

XIX FESTIVAL DE ARTES DE MACAU



O maio passado iniciou outra exitosa edição de um festival que Macau tão bem organiza e produz trazendo artistas de outras partes do mundo.O primeiro encontro com o festival se deu com "The Aluminum Show" grupo israelense que combinando movimento de objetos inanimados ,efeitos visuais e teatro apresentam uma coreografia de imagens com uma estética muito agradavel, inovadora e sem nada falar criam uma linguagem universal .No dia quatro de maio assistimos ao grupo coreano "Noridan" com o espetáculo Pingpangpong um grupo que lembra pela engenharia de instrumentos o nosso saudoso Uakti( grupo mineiro ) e com ritmos e performances de um Oludum ou Timbalada por exemplo, de caras pintadas e com aquele ritmo. Imagine estar na China assisir um grupo da Coréia sem fechar os olhos e achar que esta no Brasil..Imperdível. Abra este link e poderá ter uma pequena mostra do grupo .

O mes de maio chega ao dia 16 com uma estranha apresentação o grupo mexicano "Sensorama" proporciona uma viagem que me fez reportar a dois livros conhecidos o "Ensaio sobre a cegueira" de José Saramago e o cultuado "A erva do diabo" de Carlos Catañeda.O primeiro pelo fato de experienciarmos a cegueira e o segundo não somente por se sua semelhançate devido Nessa apresentação que melhor seria chamarmos de um laboratório de percepções não visuais começa já ao entrarmos na Casa Lou Kau (realmente deixa qualquer um "loukão") uma residencia muito antiga encravada no centro de Macau. Tudo começa com a colocação de óculos de natação onde voce nada enxerga senão luzes distorcidas pois as lentes estão tratadas na superfície para dar esse efeito. Após explicações iniciais somos levados a subir escadas sem nada enxergar e explorando sensações e percepções muito fortes ao som de uma musica ora tribal ora atonal é colocado em suas mãos objetos dos mais variados.Emocionante reconhecer coisas sem enxergálas como casca de canela,pétalas de lírio,areia de praia ,grãos de café e por aí vai .Trabalhando com elementos vento,água,fogo e madeira faz no final de 30 min entender o nome do espetáculo "Experiências Multiperceptuais".È óbvio que as emoções ficam a flor da pele e sensação de poder enxergar e ter consciência disso produz em voce uma felicidade que na verdade sempre fez parte. Continuando a maratona de espetáculos segue as apresentações de duas Óperas Cantonesas com seu colorido e lamento peculiar apresentadas num cine teatro também peculiar, antigo e muito confortável.Ali assistimos "A lenda da Cobra Branca" e tradicional e épica "Travessia".

quarta-feira, 4 de junho de 2008

"A ponte é somente pra atravessar" (Lenine)

" A ponte não é de concreto, não é de ferro.Não é de cimento.A ponte é até onde vai o meu pensamento.A ponte não é para ir nem pra voltarA ponte é somente pra atravessar.Caminhar sobre as águas desse momento" Lenine


A vila de Taipa teve seu crescimento marcadamente após 1974 ,quando foi construída a primeira ponte ,a Ponte da Amizade(com 4,5Km de extensão), de lá para cá foram construídas mais duas ligando a península Macau a ilha da Taipa.Agora temos a notícia de que irão ligar Macau com ponte até a ilha de Hong Kong...é uma distancia louca,mas é assim o tal do desenvolvimento"inssustentável".Imagine isso em uma região que tem terremoto(a extensão ainda não foi divulgada).Falando da ilha de Taipa que hoje é somente uma e num passado recente eram tres (Taipa Grande,Taipa Pequena e Coloane )e devido a grandes aterramentos que transformou em apenas uma.O grande "boom"de crescimento se deve a instalação de muitos cassinos na ilha.A ilha de Taipa que seria hoje um bairro ampliado de Macau conta com estruturas de uma cidade.Aqui voce conta com um moderno complexo esportivo que foi construido para as olímpiadas asiáticas de 2005,grande rede hoteleira vinculada com cassinos sem falar na Universidade de Macau e nas escolas Sino-Portuguesas.A ilha tem uma característica de misturas de povos e raças sendo notório a presença de várias naugcionalidades estrangeiras a cultura chinesa.


Nestas imagens de arquivo vemos como era o transporte para a Ilhas de Macau de barco e a inauguração da Ponte da Amizade em 1974.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Charque ,Peixe Seco e Globalização


"Olha guri, leva uns cobres de reserva, pega uma erva pra cevar teu chimarrão e leva um charque para ver se tu conservas uma pontinha de amor por este chão."- Luiz Marenco
-Para saber mais sobre o compositor visite o site http://www.wilsonpaim.com.br/index.php?tion=com_content&task=view&id=32&Itemid=6





Num tempo em que os povos e suas culturas eram separadas por oceanos ou por distancias continentais além de não existir "comunicação",hoje nem percebemos algumas semelhanças no "modus vivendis"dos povos daquela época, talvez por conviver com a "aproximação"de hoje. Na nossa terra surgiu o charque( nome que vem do dialeto quíchua xarqui,língua dos índios que habitavam os Andes), no nordeste foi criado a carne de sol, carne de vento(http://www.sic.org.br/charque.asp) mesmo que fazendo parte de um mesmo país ,devido ao tamanho continental o nosso isolamento cultural era e é imenso. Essas "tecnologias"da alimentação acabam sendo resultado da interrelação das condições e das necessidades locais.Independente de ser RGS,nordeste,Noruega ou China os povos estavam isolados mas a natureza humana e ambiental impunham uma "globalização"a essas tecnologias.Passeando pela região portuária de Macau fiquei surpreso ao ver uma enorme variedade de estabelecimentos que comercializam Peixe Seco. Esta iguaria com certeza foi trazida para estas bandas pela influencia viking, mas a verdade é que nós resolvemos o problema da conservação da carne bovina seja secando ou salgando e os povos que tem carne de peixe em abundancia fizeram o mesmo.Não se trata de pensar qual a técnica que primeiro surgiu mas sim que em relação aos pontos de convergencia surgidos na trajetória da humanidade em tempos que o mundo era ligado com a velocidade das embarcações .Hoje vemos chineses com cabelos e roupas iguais a ocidentais ,sem falar dos fast foods e penso que em breve teremos um mundo sem diferenças culturais onde os valores e condutas não terão limites que façam diferença e nem despertarão curiosidade ..............

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tochas, Tufões e Terremotos


Tanta tecnologia são tantos "Ts"que parece que a China não sairá mais das manchetes.Triste Terremoto esse ocorrido num fim de semana prolongado de Macau e Hong Kong o fim de semana.Pois no restante da China o nascimento de Buda é marcado por festas mas sem feriado provavelmente por herança cultural da filosofia maoísta.O dia foi tranquilo em Macau,a Triste surpresa ao retornar e assistir o noticiário nos deixou estarrecidos.Não cabe aqui falar da Tragédia pois a imprensa sempre cobriu "sanguináriamente"essas hecaTombes.Mas parece que entender a natureza cada vez mais e Tratá-la cada vez melhor seriam as ordens do momento para Todo o planeta .Vejam o que ocorreu em em uma aldeia de Wenchuan (condado de Sichuan)no Terceiro dia que antecedeu o terremoto mais de 100.000 pererecas saíram as ruas .As autoridades locais não deram importancia alguma para o episódio mas após concluiram que os anfíbios estavam de forma antecipada alertando sobre a Tragédia eminente .Na China foram desenvolvidos equipamentos para prever essas adversidades devido sua frequencia elevada .Mas parece que só o desenvolvimento Tecnológico não vai salvar a TERRA. Enquanto isso não ocorre estamos vivendo e deixamos o registro e o alento para os nossos pais,parentes e amigos de que estamos todos bem.

LEIA TAMBÉM
SOBRE SAPOS E SISMÓGRAFOS
http://super.abril.com.br/superarquivo/1989/conteudo_111601.shtml

domingo, 4 de maio de 2008

MACAU RECEBE A CHAMA COM FESTA


A perguntar que não quer calar....


Porque essa tocha passou na
Argentina
e não passou no Brasil?



Clique nesse endereço e veja um trecho da entrevista que demos ao jornal de Macau
http://www.jtm.com.mo/view.asp?dT=279203001

MACAU RECEBE A CHAMA COM FESTA


A passagem da Tocha Olímpica por aqui foi,indubitavelmente,um grande sucesso tanto pelas cores ,emoções e a paz instaurada na na orla de todo o trajeto.Segundo os numeros oficiais foram mais de 250.000 corações que saíram as ruas ,em grupos previamente organizados ou de forma espontanea para apoiar os jogos de 2008.A moldura humana formada exauriu uma contagiante alegria e "obrigou" a organização à alterar o roteiro para poder cumprir o horário inicialmente previsto.Um evento sem incidentes com muita "paz e amor " algo estampada nas camisetas e nas faces de todos de Macau.Uma festa que contou com as cores de Macau ,China , Portugal e nós com o verde e amarelo do Brasil(chamado aqui de país Lusófono) claro.A festa começou com a transmissão da tocha no Rio das Pérolas (que são aqueles barquinhos com cabeça de dragão que vcs "podem "ver ao fundo).O ambiente da festa foi facilitado pelo modo competente e pacífico como a segurança local agiu com a multidão humana,conseguindo conciliar proteção à chama com a curiosidade das pessoas e as condições aos profissionais da imprensa.A cidade de Macau está de parabéns pela bela manifestação de cidadania e civilidade por que com certeza esse será um momento à ser recordado.Mas para o presente que isso seja um bom presságio para a festa dos esportes mundial.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Olimpiadas e a sensação da história de cada um

É óbvio que os problemas ,os epsódios,os interesses e as economias de cada nação sempre influenciaram ,ofuscaram ou abrilhantaram as edições das olimpiadas .Não se trata aqui de julgar,avaliar ou decidir qual imagem deve ser guardada na memória dessa edição.O que impressiona é o fato de que um evento desse porte e com a atenção despertada por todo o planeta possa estar ocorrendo "na janela lateral" da sua casa.Confesso que mesmo sem ser chines mas com a passagem da tocha por aqui e ao ver pessoas emocionadas,por estarem envolvidas na condução dessa "tocha", me emocionou. Os fatos que são marcantes e as manifestações de apoio do povo chines são motivos de no mínimo ficar se pensando "que não é bem assim como se diz no ocidente".A verdade, é que nós apesar de todas as possibilidades de informação ,que esta estampada nesse momento é a convivencia da mentira,verdade e a manipulação.Em outras palavras a verdade não existe .O que existe é a necessidade dos sistemas macro e micro da política deixem a todos confusos .Os chineses nesse momento estão mobilizados para demonstrar o seu apoio incondicional e de amor à sua pátria.Enquanto isso Bush e sua turba só pensam em demarcar suas reivindicações.
A verdade é que os governos chineses tem melhorado de forma continuada a qualidade de vida deste povo e agora estes indivíduos saem para as ruas em um apoio inconteste.Ninguém é mais ingenuo e todos nós sabemos que as olimpiadas são usadas como parâmetro das políticas de cada país.Não existe mais possibilidade do esporte olimpico ser apenas pelo esporte,é realmente afirmação de um projeto político. Acho que o desespero europeu e norte americano é um aviso de uma vitória "esportiva e política "do oriente chines .

terça-feira, 29 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tibete na Folha de São Paulo

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E se aqueles que se preocupam com a falta de democracia na China estiverem na realidade preocupados com o desenvolvimento acelerado do país?
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"PROTESTOS ANTI-CHINA POR COMETER ATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA MONGES NÃO LEVAM EM CONTA QUE PEQUIM AJUDOU A TIRAR TERRITÓRIO DA MISÉRIA E DA CORRUPÇÃO APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL" SLAVOJ ZIZEKCOLUNISTA
(publicado no Caderno Mais de domingo,13 abril de 2008) /


As notícias publicadas em toda a mídia nos impõem uma imagem determinada que é mais ou menos como segue. A República Popular da China, que, nos idos de 1949, ocupou ilegalmente o Tibete, durante décadas promoveu a destruição brutal e sistemática não apenas da religião tibetana, mas também da própria identidade dos tibetanos como povo livre. Os protestos recentes do povo tibetano contra a ocupação chinesa foram novamente sufocados com força policial e militar bruta.Como a China está organizando os Jogos Olímpicos de 2008, é dever de todos nós que amamos a democracia e a liberdade pressionarmos a China para devolver aos tibetanos aquilo que ela lhes roubou; não se pode permitir que um país que possui um histórico tão deficiente em matéria de direitos humanos passe uma mão de cal sobre sua imagem com a ajuda do nobre espetáculo olímpico.O que farão nossos governos? Vão ceder ao pragmatismo econômico, como de costume, ou encontrarão a força necessária para colocar nossos mais elevados valores éticos e políticos acima dos interesses econômicos de curto prazo?Embora a atividade chinesa no Tibete sem dúvida tenha incluído muitos atos de destruição e terror assassino, existem muitos aspectos dela que destoam dessa imagem simplista de "mocinhos versus vilões".Enumero, a seguir, nove pontos a serem mantidos em mente por qualquer pessoa que faça um julgamento sobre os fatos recentes no Tibete.1) Complexa, e em muitos momentos a China exerceu o papel de poder protetor. O próprio termo "dalai-lama" é testemunho dessa interação: reúne o "dalai" (oceano) mongol e o "bla-ma" tibetano.
2) Antes de 1949, o Tibete não era nenhum Xangri-Lá, mas um país dotado de feudalismo extremamente rígido, miséria (a expectativa média de vida pouco passava dos 30 anos), corrupção endêmica e guerras civis (sendo que a última, entre duas facções monásticas, ocorreu em 1948, quando o Exército Vermelho já batia às portas do país). Por temer a insatisfação social e a desintegração, a elite governante proibia o desenvolvimento de qualquer tipo de indústria, de modo que cada pedaço de metal usado tinha que ser importado da Índia. Mas isso não impedia a elite de enviar seus filhos para estudar em escolas britânicas na Índia e transferir seus ativos financeiros a bancos britânicos, também na Índia.3) A Revolução Cultural que devastou os mosteiros tibetanos na década de 1960 não foi simplesmente "importada" dos chineses: na época da Revolução Cultural, menos de cem guardas vermelhos foram ao Tibete, de modo que as turbas de jovens que queimaram mosteiros foram compostas quase exclusivamente de tibetanos.4) No início dos anos 1950, começou um longo, sistemático e substancial envolvimento da CIA na incitação de distúrbios anti-China no Tibete, de modo que o receio chinês de tentativas externas de desestabilizar o Tibete não era, de modo algum, "irracional".5) Como demonstram as imagens veiculadas pela TV, o que está acontecendo agora nas regiões tibetanas já não é mais um protesto "espiritual" pacífico de monges (como o que aconteceu em Mianmar um ano atrás), mas (também) bandos de pessoas matando imigrantes chineses comuns e incendiando suas lojas. Logo, devemos avaliar os protestos tibetanos segundo os mesmos critérios com os quais julgamos outras manifestações violentas: se tibetanos podem atacar imigrantes chineses em seu próprio país, por que os palestinos não podem fazer o mesmo com colonos israelenses na Cisjordânia?6) É fato que a China fez grandes investimentos no desenvolvimento econômico do Tibete e em sua infra-estrutura, educação, saúde etc. Para explicar em termos simples: apesar de toda a opressão inegável, nunca, em toda sua história, os tibetanos medianos desfrutaram de um padrão de vida comparável ao que têm hoje.7) Nos últimos anos, a China vem mudando sua estratégia no Tibete: a religião despida de política hoje é tolerada e mesmo apoiada. Mais do que na pura e simples coação militar. Em suma, o que escondem as imagens veiculadas pela mídia de soldados e policiais chineses brutais espalhando o terror entre monges budistas é a muito mais eficaz transformação socioeconômica em estilo americano: dentro de uma ou duas décadas, os tibetanos estarão reduzidos à situação dos indígenas americanos nos EUA.Parece que os comunistas chineses finalmente entenderam a lição: de que vale o poder opressor de polícias secretas, campos e guardas vermelhos destruindo monumentos antigos, comparado ao poder do capitalismo sem freios, quando se trata de enfraquecer todas as relações sociais tradicionais?Ideologia "new age"
8) Uma das principais razões por que tantas pessoas no Ocidente tomam parte nos protestos contra a China é de natureza ideológica: o budismo tibetano, habilmente propagado pelo dalai-lama, é um dos pontos de referência da espiritualidade hedonista "new age", que está rapidamente se convertendo na forma predominante de ideologia nos dias atuais. Nosso fascínio pelo Tibete o converte numa entidade mítica sobre a qual projetamos nossos sonhos. Assim, quando as pessoas lamentam a perda do autêntico modo de vida tibetano, não estão, na verdade, preocupadas com os tibetanos reais. O que querem dos tibetanos é que sejam autenticamente espirituais por nós, em lugar de nós mesmos o sermos, para continuarmos a jogar nosso desvairado jogo consumista. O filósofo francês Gilles Deleuze [1925-75] escreveu: "Se você está preso no sonho de outro, está perdido". Os manifestantes que protestam contra a China estão certos quando contestam o lema olímpico de Pequim, "Um mundo, um sonho", propondo em lugar disso "um mundo, muitos sonhos".Mas eles devem tomar consciência de que estão prendendo os tibetanos em seu próprio sonho, que é apenas um entre muitos outros.9) Para concluir, a dimensão realmente nefasta do que vem acontecendo hoje na China está em outra parte. Diante da atual explosão do capitalismo na China, os analistas freqüentemente indagam quando vai se impor a democracia política, o acompanhamento político "natural" do capitalismo.Essa questão com freqüência assume a forma de outra pergunta: até que ponto o desenvolvimento chinês teria sido mais rápido se fosse acompanhado de democracia política? Mas será que isso é verdade? Numa entrevista há cerca de dois anos, [o sociólogo] Ralf Dahrendorf vinculou a crescente desconfiança com que a democracia vem sendo vista nos países pós-comunistas do Leste Europeu ao fato de que, após cada mudança revolucionária, a estrada que conduz à nova prosperidade passa por um "vale de lágrimas". Ou seja, após o colapso do socialismo não se pode passar diretamente para a abundância de uma economia de mercado bem-sucedida: o sistema socialista limitado, porém real, de bem-estar e segurança precisou ser desmontado, e esses primeiros passos são necessariamente dolorosos.Vale de lágrimasO mesmo se aplica à Europa Ocidental, onde a passagem do Estado de Bem-Estar Social para a nova economia global envolve renúncias dolorosas, menos segurança e menos atendimento social garantido.Para Dahrendorf, o problema é resumido pelo fato de que essa dolorosa passagem pelo "vale de lágrimas" dura mais tempo que o período médio entre eleições (democráticas), de modo que é grande a tentação de adiar as transformações difíceis, optando por ganhos eleitorais de curto prazo. Não surpreende que os países mais bem-sucedidos do Terceiro Mundo, em termos econômicos (Taiwan, Coréia do Sul, Chile), tenham adotado a democracia plena só após um período de governo autoritário.Esse raciocínio não seria o melhor argumento em defesa do caminho chinês em direção ao capitalismo, em oposição à via seguida pela Rússia? Seguindo o caminho percorrido pelo Chile e a Coréia do Sul, os chineses usaram o poder irrestrito do Estado autoritário para controlar os custos sociais da passagem para o capitalismo, desse modo evitando o caos.Em suma, uma combinação esdrúxula de capitalismo e governo comunista, longe de ser uma anomalia ridícula, mostrou ser uma bênção (nem sequer) disfarçada: a China se desenvolveu na velocidade em que o fez não apesar do governo comunista autoritário, mas devido a ele.E se aqueles que se preocupam com a falta de democracia na China estiverem na realidade preocupados com o desenvolvimento acelerado da China, que faz dela a próxima superpotência global, ameaçando a primazia do Ocidente?Há mesmo um outro paradoxo em ação aqui: e se a prometida segunda etapa democrática que vem após o vale de lágrimas autoritário nunca chegar?É isso, possivelmente, que é tão perturbador na China de hoje: a idéia de que seu capitalismo autoritário talvez não seja apenas um resquício de nosso passado, a repetição do processo de acúmulo capitalista que se desenrolou na Europa entre os séculos 16 e 18, mas sim um sinal do futuro.E se "a combinação agressiva entre o chicote asiático e o mercado acionário europeu" se mostrar economicamente mais eficiente que nosso capitalismo liberal? E se ela assinalar que a democracia, tal como a conhecemos, não é mais condição e motor do desenvolvimento econômico, e sim um obstáculo a ele?
--------------------------------------------------------------------------------SLAVOJ ZIZEK é filósofo esloveno e autor de "Um Mapa da Ideologia" (Contraponto).
Ele escreve na seção "Autores", do Mais! . Tradução de Clara Allain

domingo, 27 de abril de 2008

De onde vem a verdade sobre o Tibete. ChangPing 1

Depois dos acontecimentos em Lhasa e, a rápida divulgação da notícia por meio extra-oficial a mídia nacional, como de costume, não se pronunciou. Por vários dias seguidos, apenas havia o pronunciamento e a informação sucinta dos responsáveis da Região de Administração Autônoma do Tibete nos veículos de comunicação. Nos informes, a descrição dos acontecimentos era em apenas uma frase: “Nos últimos dias, Lhasa (palavra sensível) foi acometida por atos de vandalismo realizada por uma minoria que bateu, promoveu quebra-quebra, saquearam e incendiaram”. O tamanho é quase como um titulo de uma matéria jornalística. O povo percebeu, através da severa condenção do grupo Dalai Lama, que esse assunto era de grande importância. Naturalmente queriam mais informações, e de acordo com experiências anteriores, muitas pessoas foram obter maiores detalhes na mídia internacional. A partir desse momento, alguns denunciaram através de notas e mídias visuais, as reportagens falseadas pela mídia internacional. Começou, então, a circular na internet transformando-se rapidamente em um acontecimento de indignação do povo chinês contra à mídia surgindo algumas páginas denonominadas de “Contra à CNN”, “Contra à BBC”, “Contra à Voz da América”.





Na outra edição não conseguiram apagar a tocha e agora…


De acordo com os materiais recolhidos pelos internautas, apareceram manipulações evidentes nos noticiários sobre os acontecimentos em Lhasa. Nas mídias de alguns países, inclusive Alemanha, EUA, Reino Unido e a Índia entre outros. Do ponto de vista da norma jornalística, alguns erros são elementares, até há suspeita de manipulação intencional. Mesmo que algumas empresas jornalísticas tenham manifestado desculpas e retificações, a falta com a verdade nas reportagens causaram danos. E isto é um fato que dificilmente obterão o perdão do povo chinês. Como qualquer noticiário falso, esse prejuízo recai primeiramente na credibilidade da própria imprensa: uma mentira destrói dez mil verdades. Durante os noticíarios seguintes a esse fato, e nos demais fatos importantes que irão ocorrer no futuro; caso a mídia chinesa, da mesma forma, não possa exercer a liberdade de expressão, enquanto a mídia internacional se torne duvidosa, de onde virá a verdade dos fatos?

Em algumas das falsas notícias da mídia internacional denunciadas pelos internautas, querem através de sua ação fazer com que todos vejam a veracidade dos fatos em Lhasa. Isso não se justifica, porque a sua ação apenas faz com que as pessoas vejam o fato que a mídia ocidental não noticiam a verdade. O que realmente ocorreu em Lhasa? A maioria dos chineses só viu a notícia unificada divulgada pelo governo após vários dias de silêncio. Quanto a origem de qualquer notícia única e com caráter monopolista, não tenho coragem de dizer que seja falsa, mas também não posso confirmar que seja verdadeira. A maioria dos órgãos de imprensa chama isso de “A verdade editada meticulosamente pelo governo chinês”. A seguir, o governo organizou uma missão de jornalistas internacionais para visitarem Lhasa, mas as suas reportagens, em sua maioria, também não foram traduzidas de volta − devido ao fervor do debate sobre o caráter da imprensa ocidental; e mesmo que traduzisse também não teria muita credibilidade.

Primeira edição em 1896 (Atenas)

A indignação continuou a se espalhar. Mesmo que a página “Contra a CNN” divulgue que “Na realidade, não somos contra a imprensa propriamente dita, mas somos contra às reportagens com falta de objetividade; não somos contra o povo ocidental, mas somos contra o preconceito”. Mas a realidade não é assim tão simples, muitos internautas foram em direção contrária − até já começaram na posição contrária: eles não estão interessados com a objetividade e com a imparcialidade, mas se importam com o posicionamento da própria mídia. O preconceito pode ser aceito, a questão-chave é sobre para onde se inclina. Caso se queira realmente se posicionar no valor da imprensa, então eles não iriam apenas denunciar as reportagens falsas da imprensa ocidental, e sim, também deveriam suscitar dúvidas contra o governo chinês quanto a fonte de notícias e seu rígido controle à mídia nacional. Sem dúvida alguma, o prejuízo causado pelo último, é maior do que a do primeiro. Tal qual como a veracidade dos fatos ocorridos, é fácil fazer-se a retificação das falsas reportagens à imprensa individualmente, apenas necessita-se que alguns internautas chineses pacienciosos e cuidadosos a façam; quanto à crítica ao controle da imprensa, já está a se colocar de frente ao poder do Estado, é gritar em vão em todo o planeta.

Alguns cidadãos chineses já perceberam, que o mais temível não é a reportagem falsa e o preconceito. O que se precisa é de um ambiente de opinião pública, a qual se permita bastante transparência e discussão, então se terá a oportunidade de se caminhar em direção à verdade e à justiça. A reação de êxito dos internautas em relação à imprensa internacional nesse episódio, é um bom exemplo. Os que perceberam o problema mais cedo e reagiu em tempo real, foram os alunos chineses no exterior. As produções de imagens reveladas por eles, circularam livremente pela BBS, bem como foram transmitidas com sucesso na famosa página Youtube da internet. Caso essas mídias da internet sofrerem restrições, então o rítmo das denúncias serão restringidas.

O maior prejuízo dos falsos noticiários ao valor da imprensa é de fazer com que muitas pessoas desistam ainda mais da credibilidade quanto à sua objetividade e imparcialidade, e escolherão a posição nacionalista estreita. Eles dirão em conclusão, que o valor universal é só para enganar as pessoas, o que existe é apenas as disputas de interesse entre as nações. Inclusive, até se embasarão nisso, para dizer que mentir é “uma prática internacional”, e perdoarão as mentiras sejam históricas ou ao seu redor. Claro que, algumas pessoas já pensavam assim, e o episódio ocorrido dessa vez, servirão-lhes de prova, para propagar isso às demais pessoas.

Mas eu também percebi que, muitos chineses aproveitaram essa oportunidade para realizar mais debates amplos e aprofundados. Eles descobriram que, o preconceito ocidental sobre a China, tem a origem num sentimento de superioridade cultural. Logo, tem que ser advertido que, quando os han[2] se deparam com as minorias étnicas, tem ou não um preconceito guiado por esse sentimento de superioridade cultural? As notícias distorcidas sobre a China feitas pelos ocidentais, tem na origem a surdez e em não querer compreender, por estarem embriagados no orientalismo de Edward Waefie Said. E nós, como temos tratado as nossas minorias étnicas? Caso utilizarmos o nacionalismo como arma contra o ocidente, como iremos convencer às minorias etnicas à abandonarem o nacionalismo e a se somarem à corrente da construção nacional? O Dalai Lama exige que o governo faça uma reavaliação de seu valor; então, quem ele é realmente? Afora a definição governamental, será que a imprensa terá permissão de discutir livremente para que se possa avançar na averiguação da veracidade dos fatos?



Tradução: .Márcia Schmaltz (Professora da Universidade de Macau)

[1] Trabalhador da mídia, foi diretor de notícias do Zhoufang Zhoumo (Fim de semana do Sul), entre 2003-2004 foi pesquisador visitante da Universidade de Berkley na Califórnia. Atualmente, exerce o cargo de Vice Editor-geral de Nandu Zhoukan (Semanário Capital Sulista) e professor da Faculdade de Direito e Política na Universidade de Huadong. (N.T.).

[2] Maioria étnica chinesa (97%) (N.T.).

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sobre bambus e tufão (incompleto)

Existem coisas que com o progresso torna-as obsoletas,outras sobrevivem aos avanços tecnológicos,constituindo algo totalmente anacronico.É realmente impressionante o padrão e o ritmo da construção civil aqui na China. Edificações que chamam nossa atenção por seu arrojo,modernidade,beleza ...tudo isso seria normal se não fosse o bambu.Durante o período de construção existe um padrão os prédios são envoltos por uma estrutura de bambu sobreposta por uma lona que ira proteger os arredores da obra de algum material que possa despencar.Imaginem que o prédio tem lá seus 30 m de altura e esses bambus são armados do chão até o "cume",servindo de andaime e até de escada para os operários.


No RGS chamamos de taquara(http://pt.wikipedia.org/wiki/Taquara )claro essa faz parte da mesma família bambu pode-se chamar de uma prima distante . São plantas de crescimento espontâneo e extremamente rápido que, pela enorme quantidade de espécies, pode ser adaptável a diversas regiões do mundo.

Dia 19 de abril por aqui nesses dias um tufão tropical,originado das Filipinas denominado de "Neoguri",vejam só, não recebeu denominação feminina (talvez por não ser muito forte ).Lá no país do bushinho certamente iria se chamar de barbie ou sei lá o que .É claro , no dia seguinte a curiosidade em saber se os antiquados bambus teriam resistido....


E não é que a surpresa foi enorme pois aquelas estruturas se mantiveram quase que intactas ,inclusive uma complicada estrutura montada para ser palco de mais uma Ópera Chinesa que será apresentada em Macau será no dia 26 de abril ( a companhia vem de Hong Kong)



Para se fazer uma metafora para com bambu até que é fácil"É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão."(stephen r.covey)


sexta-feira, 11 de abril de 2008

"A Praça Castro Alves é do povo como o céu é do avião..."Caetano Veloso




Achar proximidade entre Camões e Castro Alves é difícil.Mas quando vemos um espetáculo assim percebemos que qualquer semelhança é muito mais que mera idiossincrasias .Pois enquanto a bahianagem fica lá naquele ritmo apaixonante de Oludom & Cia,para os mais antigos,os chineses aqui de Macau ,diga-se de passagem, que são bem mais antigos também se deliciam com essas Óperas Chinesas em plena praça.Com um espetáculo à céu aberto onde Beidi é o guardião.







ÓPERA NA PRAÇA É AÇÃO ,EMOÇÃO,INTERPRETAÇÃO E MUITA PRODUÇÃO............. PARECE CINEMA

terça-feira, 8 de abril de 2008

"Deus me fez um cara....Pele e osso simplesmente,quase sem recheio.." Chico Buarque

A "Guerra do Ópio" ocorreu num primeiro momento de 1839 até 1842 .O comércio marítimo era dominado pela dita coroa inglesa .O Imperador Chinês criou dificuldades para os comerciantes que vinham pelo Mar da China. Os ingleses começam a contrabandear o ópio que tinham suas produções na Índia . Os caras plantavam na Índia e traficavam na China (deve ter servido de inspiração para Pablo Escobar). A política da "ilha"conseguiu disseminar a droga pelo continente asiático. O governo chinês, na época, numa tentativa de barrar a desintegração que tal substância estava provocando ao país apreendeu e incendiou (ação tipo "Tropa de Elite") uma grande quantidade em um porto de sua costa. Esse episódio serviu de estopim para a tal " Guerra do Ópio" que viciou desde a nobreza até o campesinato deixando literalmente toda a China debilitada. Essa droga só foi realmente eliminada com a ascenção de Mao Tsé Tung em 1949. Além disso, como a China perdeu a guerra no século XVII, motivou restrições econômicas dos ingleses e foi obrigado a abrir os portos do litoral chinês, foi lhe imposto, inclusive, a cessão de Hong Kong por um período de 100 anos .

Aqui temos uma noção de como esses chineses chegavam neste local para tratamento contra a dependência ao ópio, e como se transformavam após um longo periodo de internação.


" A primeira condição de preservação da Velha China era seu total isolamento. Uma vez que a Inglaterra deu fim brutal a esse isolamento, a decomposição sobrevirá com a mesma inexorabilidade de uma múmia retirada do hermético sarcófago em que estava preservada e exposta ao ar livre". - Karl Marx (Revolution in China and in Europa, 1853) .
Fonte
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/china_3.htm


Para quem mora longe daqui, não poderia imaginar as consequências drásticas sofridas por aqueles que foram "sequelados"pelo ópio, abertamente patrocinado por esses "pacíficos e nobres" ingleses.
Na ilha de Taipa (bairro de Macau,onde moramos), os chineses estão desde o século XII, mas os portugueses começaram a chegar em 1851. No mesmo período onde o governo conseguiu debelar a droga do país é
construído em Taipa um local (foto ao lado) 0 que funcionou para o tratamento e a recuperação das vítimas desse "investimento inglês"(claro que a China nessa época já era bem maior que Cuba e a Rainha não era tão forte quanto o BUSH ), pois os estragos provocados exigiam uma investidura do governo local (chineses e portugueses) urgente em políticas públicas de saúde .
Descrevo superficialmente assim a origem deste bairro(cidade) que teve seu grande impulso de crescimento com a construção da primeira ponte em 1974(Ponte de Amizade) - hoje já são três entre Macau e Taipa .Claro,que agora, são outros tempos,e muitas outras pessoas (quase 500.000 hab) apesar da vontade bush, Taipa assim como Macau cresceram.
Preservando seu passado sem perder a noção do futuro.


abaixo uma das pontes que une Macau a Taipa,a torre de TV e ao fundo a ilha de Taipa

vista noturna de uma Taipa "nova"





o por do sol no morro da Taipa Grande

...

aqui duas cenastípicas da Taipa histórica

Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro

Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro
Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro. Até lá.