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domingo, 27 de abril de 2008

De onde vem a verdade sobre o Tibete. ChangPing 1

Depois dos acontecimentos em Lhasa e, a rápida divulgação da notícia por meio extra-oficial a mídia nacional, como de costume, não se pronunciou. Por vários dias seguidos, apenas havia o pronunciamento e a informação sucinta dos responsáveis da Região de Administração Autônoma do Tibete nos veículos de comunicação. Nos informes, a descrição dos acontecimentos era em apenas uma frase: “Nos últimos dias, Lhasa (palavra sensível) foi acometida por atos de vandalismo realizada por uma minoria que bateu, promoveu quebra-quebra, saquearam e incendiaram”. O tamanho é quase como um titulo de uma matéria jornalística. O povo percebeu, através da severa condenção do grupo Dalai Lama, que esse assunto era de grande importância. Naturalmente queriam mais informações, e de acordo com experiências anteriores, muitas pessoas foram obter maiores detalhes na mídia internacional. A partir desse momento, alguns denunciaram através de notas e mídias visuais, as reportagens falseadas pela mídia internacional. Começou, então, a circular na internet transformando-se rapidamente em um acontecimento de indignação do povo chinês contra à mídia surgindo algumas páginas denonominadas de “Contra à CNN”, “Contra à BBC”, “Contra à Voz da América”.





Na outra edição não conseguiram apagar a tocha e agora…


De acordo com os materiais recolhidos pelos internautas, apareceram manipulações evidentes nos noticiários sobre os acontecimentos em Lhasa. Nas mídias de alguns países, inclusive Alemanha, EUA, Reino Unido e a Índia entre outros. Do ponto de vista da norma jornalística, alguns erros são elementares, até há suspeita de manipulação intencional. Mesmo que algumas empresas jornalísticas tenham manifestado desculpas e retificações, a falta com a verdade nas reportagens causaram danos. E isto é um fato que dificilmente obterão o perdão do povo chinês. Como qualquer noticiário falso, esse prejuízo recai primeiramente na credibilidade da própria imprensa: uma mentira destrói dez mil verdades. Durante os noticíarios seguintes a esse fato, e nos demais fatos importantes que irão ocorrer no futuro; caso a mídia chinesa, da mesma forma, não possa exercer a liberdade de expressão, enquanto a mídia internacional se torne duvidosa, de onde virá a verdade dos fatos?

Em algumas das falsas notícias da mídia internacional denunciadas pelos internautas, querem através de sua ação fazer com que todos vejam a veracidade dos fatos em Lhasa. Isso não se justifica, porque a sua ação apenas faz com que as pessoas vejam o fato que a mídia ocidental não noticiam a verdade. O que realmente ocorreu em Lhasa? A maioria dos chineses só viu a notícia unificada divulgada pelo governo após vários dias de silêncio. Quanto a origem de qualquer notícia única e com caráter monopolista, não tenho coragem de dizer que seja falsa, mas também não posso confirmar que seja verdadeira. A maioria dos órgãos de imprensa chama isso de “A verdade editada meticulosamente pelo governo chinês”. A seguir, o governo organizou uma missão de jornalistas internacionais para visitarem Lhasa, mas as suas reportagens, em sua maioria, também não foram traduzidas de volta − devido ao fervor do debate sobre o caráter da imprensa ocidental; e mesmo que traduzisse também não teria muita credibilidade.

Primeira edição em 1896 (Atenas)

A indignação continuou a se espalhar. Mesmo que a página “Contra a CNN” divulgue que “Na realidade, não somos contra a imprensa propriamente dita, mas somos contra às reportagens com falta de objetividade; não somos contra o povo ocidental, mas somos contra o preconceito”. Mas a realidade não é assim tão simples, muitos internautas foram em direção contrária − até já começaram na posição contrária: eles não estão interessados com a objetividade e com a imparcialidade, mas se importam com o posicionamento da própria mídia. O preconceito pode ser aceito, a questão-chave é sobre para onde se inclina. Caso se queira realmente se posicionar no valor da imprensa, então eles não iriam apenas denunciar as reportagens falsas da imprensa ocidental, e sim, também deveriam suscitar dúvidas contra o governo chinês quanto a fonte de notícias e seu rígido controle à mídia nacional. Sem dúvida alguma, o prejuízo causado pelo último, é maior do que a do primeiro. Tal qual como a veracidade dos fatos ocorridos, é fácil fazer-se a retificação das falsas reportagens à imprensa individualmente, apenas necessita-se que alguns internautas chineses pacienciosos e cuidadosos a façam; quanto à crítica ao controle da imprensa, já está a se colocar de frente ao poder do Estado, é gritar em vão em todo o planeta.

Alguns cidadãos chineses já perceberam, que o mais temível não é a reportagem falsa e o preconceito. O que se precisa é de um ambiente de opinião pública, a qual se permita bastante transparência e discussão, então se terá a oportunidade de se caminhar em direção à verdade e à justiça. A reação de êxito dos internautas em relação à imprensa internacional nesse episódio, é um bom exemplo. Os que perceberam o problema mais cedo e reagiu em tempo real, foram os alunos chineses no exterior. As produções de imagens reveladas por eles, circularam livremente pela BBS, bem como foram transmitidas com sucesso na famosa página Youtube da internet. Caso essas mídias da internet sofrerem restrições, então o rítmo das denúncias serão restringidas.

O maior prejuízo dos falsos noticiários ao valor da imprensa é de fazer com que muitas pessoas desistam ainda mais da credibilidade quanto à sua objetividade e imparcialidade, e escolherão a posição nacionalista estreita. Eles dirão em conclusão, que o valor universal é só para enganar as pessoas, o que existe é apenas as disputas de interesse entre as nações. Inclusive, até se embasarão nisso, para dizer que mentir é “uma prática internacional”, e perdoarão as mentiras sejam históricas ou ao seu redor. Claro que, algumas pessoas já pensavam assim, e o episódio ocorrido dessa vez, servirão-lhes de prova, para propagar isso às demais pessoas.

Mas eu também percebi que, muitos chineses aproveitaram essa oportunidade para realizar mais debates amplos e aprofundados. Eles descobriram que, o preconceito ocidental sobre a China, tem a origem num sentimento de superioridade cultural. Logo, tem que ser advertido que, quando os han[2] se deparam com as minorias étnicas, tem ou não um preconceito guiado por esse sentimento de superioridade cultural? As notícias distorcidas sobre a China feitas pelos ocidentais, tem na origem a surdez e em não querer compreender, por estarem embriagados no orientalismo de Edward Waefie Said. E nós, como temos tratado as nossas minorias étnicas? Caso utilizarmos o nacionalismo como arma contra o ocidente, como iremos convencer às minorias etnicas à abandonarem o nacionalismo e a se somarem à corrente da construção nacional? O Dalai Lama exige que o governo faça uma reavaliação de seu valor; então, quem ele é realmente? Afora a definição governamental, será que a imprensa terá permissão de discutir livremente para que se possa avançar na averiguação da veracidade dos fatos?



Tradução: .Márcia Schmaltz (Professora da Universidade de Macau)

[1] Trabalhador da mídia, foi diretor de notícias do Zhoufang Zhoumo (Fim de semana do Sul), entre 2003-2004 foi pesquisador visitante da Universidade de Berkley na Califórnia. Atualmente, exerce o cargo de Vice Editor-geral de Nandu Zhoukan (Semanário Capital Sulista) e professor da Faculdade de Direito e Política na Universidade de Huadong. (N.T.).

[2] Maioria étnica chinesa (97%) (N.T.).

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