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terça-feira, 6 de abril de 2010

Páscoa Ocidental e o Finados no Oriente

DIA DE FINADOS EM MACAU

Cada celebração tem, em sua origem, motivações diferentes para suas histórias, algo que aqui não será detalhado pois a extensão, complexidade e polêmicas sobre suas variadas interpretações obrigaria à elaborar uma tese de mestrado ou mesmo editar uma enciclopédia. No entanto desperta curiosidade a proximidade nas datas destes eventos. Regidos pelo calendário lunar, assim como o Ano Novo Chinês e nosso Carnaval, acabam tendo suas datas alteradas a cada ano, no caso da Páscoa ainda temos uma adequação para que sempre coincida no domingo. Neste ano o "Qingming Jie"(em chinês qinming = claridade ; jie = festa), como é chamado o "Dia de Finados", caiu numa segunda-feira. Desde 2008 o governo central percebendo a importância dada pela população decretou que a passagem da data seria feriado nacional. A rotina para preparar as comemorações são bem semelhantes ao nosso feriado de 2 de novembro. A intensa mobilização de adultos e jovens na "varrição", arrumação, ornamentação dos túmulos nos dias que antecedem o feriado além das tradicionais oferendas (comidas, objetos...)e a polêmica queima de artefatos feitos em papel. A fumaça que ascende aos céus é como uma comunicação com seus entes já falecidos que além da reza compõem este contato. São incinerados vários símbolos da vida terrena como podemos ver no clip logo abaixo.
Nos últimos anos isso tem se tornado uma preocupação para as autoridades governamentais devido à falta de cuidado dos fiéis muitas vezes ocasionando incêndios. Campanhas tem amenizado as ocorrências. Seus cemitérios lembram os nossos mas, em Macau, temos lápides "sui generis" devido á utilização de inscrições em português e chinês.
A cidade Macau está com uma utilização urbana que beira quase os 100% para isso o local dos cemitérios ficam espremidos entre os prédios.
Abaixo temos algumas imagens de Hong Kong. Interessante esse bairro Hon Hung onde temos um complexa de três grandes centros crematórios, centenas lojas de floristas, vários fabricantes daqueles objetos de papel para serem incinerados e também os locais apropriados para a "velação" onde budistas e taoístas entoam seus cantos e suas orações. Impressiona também a grande quantidade de familiares que comparecem vindos de todo canto em verdadeiras excursões até os templos sem passar desapercebido as "carpideiras" profissionais para elevar o choro e o lamento para as alturas.
os belíssimos arranjos de flores naturais com as devidas frases de engrandecimento
carro fúnebre e as organizadas "excursões"
Casas de papel para serem incineradas.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quem Manda é a Indústria . por José Saramago

Fonte: Carta Maior - 13/09/2009 - www.cartamaior.com.br
Não sei nada do assunto e a experiência direta de haver convivido com porcos na infância e na adolescência não me serve de nada. Aquilo era mais uma família híbrida de humanos e animais que outra coisa. Mas leio com atenção os jornais, ouço e vejo as reportagens da rádio e da televisão, e, graças a alguma leitura providencial que me tem ajudado a compreender melhor os bastidores das causas primeiras da anunciada pandemia, talvez possa trazer aqui algum dado que esclareça por sua vez o leitor.Há muito tempo que os especialistas em virologia estão convencidos de que o sistema de agricultura intensiva da China meridional foi o principal vetor da mutação gripal: tanto da “deriva” estacional como do episódico “intercâmbio” genômico. Há já seis anos que a revista Science publicava um artigo importante em que mostrava que, depois de anos de estabilidade, o vírus da gripe suína da América do Norte havia dado um salto evolutivo vertiginoso. A industrialização, por grandes empresas, da produção pecuária rompeu o que até então tinha sido o monopólio natural da China na evolução da gripe.Nas últimas décadas, o setor pecuário transformou-se em algo que se parece mais à indústria petroquímica que à bucólica quinta familiar que os livros de texto na escola se comprazem em descrever… Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Atualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agentes patogênicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários. Não será, certamente, a única causa, mas não poderá ser ignorada.No ano passado, uma comissão convocada pelo Pew Research Center publicou um relatório sobre a “produção animal em granjas industriais, onde se chamava a atenção para o grave perigo de que a contínua circulação de vírus, característica das enormes varas ou rebanhos, aumentasse as possibilidades de aparecimento de novos vírus por processos de mutação ou de recombinação que poderiam gerar vírus mais eficientes na transmissão entre humanos”.A comissão alertou também para o fato de que o uso promíscuo de antibióticos nas fábricas porcinas/de porcos – mais barato que em ambientes humanos – estava proporcionando o auge de infecções estafilocócicas resistentes, ao mesmo tempo que as descargas residuais geravam manifestações de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou milhares de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).Qualquer melhoria na ecologia deste novo agente patogênico teria que enfrentar-se ao monstruoso poder dos grandes conglomerados empresariais avícolas e bovinos, como Smithfield Farms (suíno e vacum) e Tyson (frangos).A comissão falou de uma obstrução sistemática das suas investigações por parte das grandes empresas, incluídas umas nada recatadas ameaças de suprimir o financiamento dos investigadores que cooperaram com a comissão. Trata-se de uma indústria muito globalizada e com influências políticas. Assim como o gigante avícola Charoen Pokphand, radicado em Bangkok, foi capaz de desbaratar as investigações sobre o seu papel na propagação da gripe aviária no Sudeste asiático, o mais provável é que a epidemiologia forense do surto da gripe suína esbarre contra a pétrea muralha da indústria do porco. Isso não quer dizer que não venha a encontrar-se nunca um dedo acusador: já corre na imprensa mexicana o rumor de um epicentro da gripe situado numa gigantesca filial de Smithfield no estado de Veracruz. Mas o mais importante é o bosque, não as árvores: a fracassada estratégia antipandêmica da Organização Mundial de Saúde, o progressivo deterioramento da saúde pública mundial, a mordaça aplicada pelas grandes transnacionais farmacêuticas a medicamentos vitais e a catástrofe planetária que é uma produção pecuária industrializada e ecologicamente sem discernimento.Como se observa, os contágios são muito mais complicados que entrar um vírus presumivelmente mortal nos pulmões de um cidadão apanhado na teia dos interesses materiais e da falta de escrúpulos das grandes empresas.. Tudo está contagiando tudo. A primeira morte, há longo tempo, foi a da honradez. Mas poderá, realmente, pedir-se honradez a uma transnacional? Quem nos acode?
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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Entalhe em Pratos de Porcelana

clicando na tecla play voce poderá acompanhar
uma sequência de fotos com um resumo do passo à passo
A oficina aconteceu em uma casa construída no final do século XVII que foi doada por um famoso milionário que se fixou em Macau no ano de 1870. Construída em 1889, essa data podemos visualizar a esquerda de uma das portas principais, durante o reinado do imperador Guang Xu, no décimo quinto ano da dinastia Qing. Foi doada por um comeciante magnata, que se fixou em Macau no ano de 1870, chamado de Lou Wa Sio. Era uma de suas residências, ele viveu entre 1837-1906, após sua morte a casa não perdeu a nobreza chegando a hospedar o pai da jovem república chinesa, em 1911, o presidente Dr. Sun Yat Sen. Kau em cantonês significa casa então a tradução correta seria "casa de lou". Mas hoje é conhecida, erroneamente, devido à redundância, por Casa Lou Kau. A morada contruída em tijolos acinzentados, em, alto relevo, o ornamento rebuscado, janelas com lâminas de concha ostra, friso decorativo e a talha da carpintaria da região central da Província de Gaunzhou (Cantão) coexistem com o teto falso, o vitral e o gradeamento de ferros ocidentais essa fusão é tipica do estilo "xiguan"representa essa mistura de culturas chinesas e ocidentais o que caracteriza a arquitetura macaense.


Novamente o dia era muito quente, além de abafado e úmido o que sempre deixa uma sensação de clima bem pesado. Bem, esse é o clima por aqui no verão, a solução era crer que os "splits" conseguiriam proporcionar um clima agradável no interior da oficina. Um pequeno grupo de oito pessoas mais o artista oficineiro e a professora na tradução chines para portugues pois nem todos "dominavam" o mandarim. O curso inicialmente intitulado como"entalhe em tijolos" (que no passado era uma arte muito usual por toda China) acabou por se transformar em "entalhe em prato cerâmico". Segundo o especialista seria mais fácil para os novos aprendizes e como a técnica é similar, ele optou por essa possibilidade de aprendizado. Já em sua primeira afirmação, uma surpresa, "ao escolher o prato que irá entalhar, se voce pegar um prato de baixo valor mais valor terá sua obra caso o resultado final tenha a beleza almejada". As ferramentas usadas na oficina confesso que me deixaram com a sensação de intimidade muito grande. Brocas, micro-motores, esculpidores, papel transmissor e ainda CERÂMICA... Pareciam até com um laboratório de prótese. Nos pratos ele utilizou ideogramas, paper-cuts, figuras tradicionais chinesas mas alertou que muitos outros tipos de desenho podem ser usados. Claro que a escolha do desenho somado ao prato é o começo de tudo e vai definir o resultado final da obra. Os pratos de cerâmica eles são acinzentados (de tom bem claro) e revestidos por uma fina camada de tinta vitrificada. Então ao fazermos os entalhes surgirá a cor que está sob a tinta e ela dará o contraste desejado para o desenho escolhido.

A técnica apresentada foi o "pontilhado"onde com brocas variadas (tamanho e forma) e/ou talhadeiras também de iria diferentes calibres iria sendo exposto a amada abaixo da tinta provocado o contraste e relevo necessários para a confecção da peça.

Podendo lançar mão de tintas que foram aplicadas nas porções entalhadas criam-se recursos de acabamento muito atraentes. Esse entalhes são feitos a partir de desenhos impressos na louça que você pode acompanhar na sequência de fotos feita no início deste "post".

















Em apenas uma tarde é impossível você sair sabendo mas a maneira com que a oficina foi ministrada fez a tarde passar muito rápido e deixou à todos muito confiantes e empolgados. Na semana que vem participaremos de um curso da arte milenar dos chineses a arte do "paper-cut".

Até lá

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Mundo sem Osama e com Obama


"É sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar..... "
(letra e música Gilberto Gil)


Ainda podemos ser otimistas e avaliar também os pontos positivos sem perder a ternura, esperança nem a criticidade. Olhar hoje o Brasil, Porto Alegre e agora a república dos EUA, com sua estrondosa crise financeira, poderíamos pensar na saudosa lógica e convincente marxista que o capitalismo realmente está em derrocada. Não que a capital do mercosul (pleiteada aqui por essas bandas, um tanto visionárias) tenha alguma responsabilidade direta, indireta ou consciente nisso. Após eleger Fogaça com tantos votos nos faz pensar como sua administração que foi a mais transparente(ou quase invisível) onde não se fez presente na cidade onde moro e a qual as vezes vegetamos, essa cidade deu enorme referendo para essa política tradicional (talvez parecida com a hegemonia que teve o PT) onde as conclusões de obras e inaugurações de outras ocorreram justamente em seu ultimo ano de mandato. Tudo bem que a esquerda mais genuína da cidade se dividiu, degladiou e depois tentou distribuir rosas amarelas, pois as vermelhas são e estão sendo disputadas ou reivindincadas (verbo tão nobre quanto usado pela nossa "dita" esquerda) como legado das propostas mais tranformadoras de nossa cidade. Barak Obama vence nos states, como o primeiro presidente negro. Aqui no Brasil um presidente nordestino, sem curso superior, se reelege de uma forma arrasadora que parece ir contra a lógica e a tradição dominante. Conseguindo com sua estratégia (anulando essa maré de CPI's) colocar e manter nosso país continente forte e sereno diante de tamanha insegurança no campo da economia especulativa mundial como um grande e promissor emergente país na conjuntura econômica do planeta. Entendo pouco ou nada de política econômica mas meu professor de tenis sempre alertava : "- Devemos surpreender os adversários e também nossos parceiros em uma disputa...". Queria ilustrar com isso que todo o sensacionalismo em que foi aguardado e recebido em Beijin, na abertura das olimpíadas, o Presidente(derrotado) buschinho, eu e nem ele nunca poderiamos imaginar que as cenas produzidas pela TV Chinesa estariam mostrando na mesma mesa somente e tão somente o Presidente anfitrião Hujintao, Lula, Bush e... mais ninguém. Para fechar com o professor todos esperavam atritos e "puxa-saquismos"entre apenas para os G7. Foi um arrepio alegre perceber com aquelas imagens, que obviamente não chegaram aqui, o tamanho da importancia do Brasil perante outros chefes de estado que observavam em mesas distantes e periféricas. Claro que se não fosse eu um defensor do "copo vazio que está cheio de ar ......"sei lá o que pensaria eu ou o restante da China nesse momento. Mas a verdade é inconteste essa liderança (Lula) veio pra entrar e ficar na historia do país e do mundo. Barak Obama também, este talvez não mude a natureza belicosa e imperialista de seu país mas coloca como real a possibilidade da ascenção de uma parcela negra na sociedade racial-estadunidense, que sempre imaginávamos impossivel. O mundo não mudou, muito menos o planeta-homem fez seu pacto com a natureza. Mas esses fatos nos mostram que essas situações são possíveis quando não nos conformamos com a lógica e o óbvio. Se navegar é preciso, também é preciso crer na metáfora do de daquele copo que talvez tenha ar suficiente para inflar os pulmões das políticas sócio-ambientais, da solidariedade, da cidadania e da esperança e a alegria de se acreditar naquilo que é e que é.........porque a vida é bonita é bonita e não devemos ter a vergonha de querer ser feliz nem aceitar o mundo como está.
Nesse misto de poesia de Maiakówski e Jorge Mautner sugiro esse alento para os apaixonados pela vida, um lindo samba, que com essa veia apostam nos pilares de uma sociedade mais justa, solidária e ecológicamente humanitária. A canção se chama "Perspectiva" e é linda...
"......Para o júbilo, o planeta ainda está imaturo
É preciso arrancar alegria lá do futuro
Morrer nesta vida não é difícil
O difícil é a vida e seu ofício
E os demais todo mundo sabe
O coração tem moradia certa
Bem aqui no meio do peito
Mas é que comigo
A anatomia ficou louca
E sou todo, todo, todo, mas todo... Coração."
por enquanto vamos torcer que o sr Obama deixe de tentar caçar o sr Osama

Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro

Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro
Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro. Até lá.