Caros Amigos e Pacientes

"SÓ PODE CUIDAR DA SUA SAÚDE QUEM O CONHECE."
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Um abraço.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Mundo global das Culturas Religiosas Espontâneas

TEMPLOS CONSTRUÍDOS AO LONGO DAS CALÇADAS DE MACAU JUNTO ÀS PAREDES DAS CONSTRUÇÕES
A humanidade sempre teve suas necessidades de se comunicar com o além. Essas manifestações podem ser percebida tanto, e muito, no Brasil como na China quando caminhamos nas avenidas, ruas e becos das cidades avistando oferendas depositadas por esses espaços públicos. Aqui temos principalmente o Camdomblé e a Umbanda, lá o Budismo e o Confucionismo, elas têm em comum as preferências para suas "oferendas" que podem ser frutas, grãos, bebidas e até símbolos que fazem parte das outras necessidades materiais bem com o flores, velas e incensos.
MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS NO BRASIL
Talvez seja a intenção o que mais diferencia os costumes religiosos. Em Macau é impressionante, quando caminhamos nas estreitas calçadas da cidade, concorrer com uma densa população e a enorme quantidade de "pequenos templos" que tanto podem estar no chão como na parede, à meia altura. Lá essa manifestação é popular, permitida e organizada. Parecem não fazer parte do turismo oficial mas realmente chama a atenção de quem não estando cego
circula por aqueles sítios.
A VARIEDADE DE CORES E DE POSSIBILIDADES ...EM MANIFESTAÇÕES DE FÉ
TANTO NO BRASIL COMO NA CALÇADAS E MACAU.
Em nossa terra parece como algo clandestino pois ao dormir nada existe e ao acordar nos deparamos com "despachos" alocados em esquinas ou beira de calçadas. Talvez fossem já os tempos de oficializar e permitir essas culturas em nossas cidades. Quem sabe a nossa postura multicultural da convivência pacífica com essas diferenças possibilitem organizar tais manifestações. Porque não ter de uma maneira civilizada, urbana e democrática locais onde essas religiões se manifestem e exerçam a força de sua fé. É como falar das carroças em nossa cidade que o senso comum aponta sempre para a simples e irresponsável eliminação enquanto todos concordam com esta imposibilidade não apontamos para formas alternativas de incluir essa atividade num perfil da cidade como é também incluído riquexás e carruagens em Beijing ou Londres. Claro que a política de esquecimento de bondes circulando pela Praça XV e arredores do Gazômetro faz parte da nossa cultura "modernizante" e virtual de nossa tradição.....

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ações Concretas com Indíviduos Reais

Faço essa postagem para registrar, um trabalho que muito me orgulha, que aponta para um mundo possível e um Brasil viável e real. Trabalho nessa organização desde sua fundação. Transformar esse relato como meu é muito prazeiroso e mais confortável do que falar das experiências que temos tido em transformar esses sorrisos mais lindos e saudáveis através de nosso acompanhamento rotineiro em nossa clínica por mais de dez anos.
Para saber de toda essa linda história acesse o site http://www.recriar.org.br/



Porto Alegre, 05 de abril de 2010


Queridos Amigos da Casa Amarela

Este ano elegemos como grande objetivo transformar os meninos em apaixonados pela leitura, já que todos estão indo bem no caminho da aprendizagem. Nossos objetivos anteriores – respeito, por si mesmo e entre eles, e fim das agressões físicas - foram praticamente alcançados. Então estamos agora numa nova etapa, bem mais agradável, a busca do conhecimento. Vou dar um breve relato dos guris.
Nicolas, 12, está estudando na Escola Desenvolver, pelamanhã. Está na 5ª série. Resolvemos trocá-lo de escola no fim do ano passado, em novembro, em função da situação de violência que acontecia no entorno daEscola Municipal Aramy Silva. Um grupo de pessoas organizado pela Ângela, uma grande amiga da Casa Amarela, se responsabiliza pelo pagamento da escola e dos materiais.
Israel, 14, está na mesma escola de Nicolas, só que noturno da tarde – temos que ter este cuidado. Está muito bem lá, logo entrou para o teatro da escola e no fim do ano passado chegou a se apresentar na Casa Mário Quintana. Israel é um menino que exige. Ele é inteligente,curioso, artista, querido. Teve enorme vivência de rua e estamos impressionados com seu empenho em melhorar. Antes chegava a ter três surtos num dia. Atualmente, tem tido um por mês.
Daniel, 14, saiu da Escola Ananda Marga, que vai só atéa 4ª série. Mas para não morrerem de saudades dele, já que é muito querido por todos na escola, está matriculado em uma escola estadual ao lado da Ananda. Dani só tem merecido elogios. É guerreiro, depois de tudo que passou, está se tornando um ser humano maravilhoso.
Douglas, 16, continua na mesma escola e está cursando a 6ª série. Agora já é monitor no Curso de Cine eVídeo e de TV no Quilombo do Sopapo. Já dei tantos elogios a ele que tenho até medo. Seu comportamento indica que se achou na CA e no QS, seu local de curso e trabalho. E pensar que o guri não tinha coragem de levantar os olhos quando chegou. Agora já está dando aula!!!
Thiago, 18, está cursando a 7ª e 8ª de uma vez, na Escola Monteiro Lobato. O Thiago vai ser o próximo aalçar vôo fora da casa. Deve ir morar muito em breve como padrinho Luis Fernando. Ainda está um pouco em dúvida, o que é normal, afinal está na Casa há cinco anos. Começamos um planejamento de desligamento. É um processo que deve acontecer independentemente dos laços que sempre existirão.
Rafael, 19, continua no quartel. Tem ido a Casa apenas nos fins de semana. No quartel trabalha com os cavalos, alimentando-os, exercitando-os e limpando as baias. Fez Curso de Cabo e passou, mas será promovido somente depois de engajar. É o que ele quer, então estamos na torcida.Dia 10 de maio haverá uma apresentação hípica em Osório. Estaremos lá! O Rafa cresceu muito como pessoa.Entendeu que a batalha era dele.
César, 13, assim como Israel, é considerado novo na CA.Também teve um desenvolvimento rápido no caminho do bem. Ele ainda está se alfabetizando, está freqüentando uma turma de progressão na Escola Municipal Gilberto Jorge,tem acompanhamento psicopedagógico duas vezes por semana e mais o nosso auxilio na Casa. Ele tem se esforçado muito. É corajoso, não tem vergonha de não saber ler, ele acredita que vai aprender. Ficamos muito orgulhosos dele.
Leandro, 18, está no EJA, Melhorou bastante depois do último rolo que se meteu. Dessa vez levou um susto e se aquietou, parece que tomou jeito. Tem ajudado bastante nas tarefas domésticas. É um bom guri.
Ezequiel, 16, foi ao encontro de uma tia em Tramandaí, e há um mês está morando com ela. Estamos mantendo contato e garantindo a medicação dele que custa R$200por mês. Era o que ele queria. Vamos ver se vai dar certo.
Arjuna, 14, saiu da Casa e foi morar com o avô. Tinha muito gosto em andar solto na rua. Tinha namoradas, já mantinha relações sexuais regulares; aí fica difícil manter o jovem na Casa. Ele quer sair e voltar toda hora, aí confunde os outros. Foi embora em janeiro. Ontem esteve aqui na minha casa. Disse que veio visitar. Não falou em voltar para a Casa Amarela, mas como está chegando o inverno...

Bem, é mais ou menos isso. Temos tido mais ganhos que perdas. Estamos ficando com prática, know-how. Sabemos que para ter resolutividade no nosso trabalho de orientar os jovens, ter postura firme é decisivo. A equipe tem que estar afinada como uma orquestra e dar o limite com tranqüilidade, com convicção. E vamos aos livros! Este trabalho só existe pelo apoio de vocês. Um grande abraço!


Cris

terça-feira, 6 de abril de 2010

Páscoa Ocidental e o Finados no Oriente

DIA DE FINADOS EM MACAU

Cada celebração tem, em sua origem, motivações diferentes para suas histórias, algo que aqui não será detalhado pois a extensão, complexidade e polêmicas sobre suas variadas interpretações obrigaria à elaborar uma tese de mestrado ou mesmo editar uma enciclopédia. No entanto desperta curiosidade a proximidade nas datas destes eventos. Regidos pelo calendário lunar, assim como o Ano Novo Chinês e nosso Carnaval, acabam tendo suas datas alteradas a cada ano, no caso da Páscoa ainda temos uma adequação para que sempre coincida no domingo. Neste ano o "Qingming Jie"(em chinês qinming = claridade ; jie = festa), como é chamado o "Dia de Finados", caiu numa segunda-feira. Desde 2008 o governo central percebendo a importância dada pela população decretou que a passagem da data seria feriado nacional. A rotina para preparar as comemorações são bem semelhantes ao nosso feriado de 2 de novembro. A intensa mobilização de adultos e jovens na "varrição", arrumação, ornamentação dos túmulos nos dias que antecedem o feriado além das tradicionais oferendas (comidas, objetos...)e a polêmica queima de artefatos feitos em papel. A fumaça que ascende aos céus é como uma comunicação com seus entes já falecidos que além da reza compõem este contato. São incinerados vários símbolos da vida terrena como podemos ver no clip logo abaixo.
Nos últimos anos isso tem se tornado uma preocupação para as autoridades governamentais devido à falta de cuidado dos fiéis muitas vezes ocasionando incêndios. Campanhas tem amenizado as ocorrências. Seus cemitérios lembram os nossos mas, em Macau, temos lápides "sui generis" devido á utilização de inscrições em português e chinês.
A cidade Macau está com uma utilização urbana que beira quase os 100% para isso o local dos cemitérios ficam espremidos entre os prédios.
Abaixo temos algumas imagens de Hong Kong. Interessante esse bairro Hon Hung onde temos um complexa de três grandes centros crematórios, centenas lojas de floristas, vários fabricantes daqueles objetos de papel para serem incinerados e também os locais apropriados para a "velação" onde budistas e taoístas entoam seus cantos e suas orações. Impressiona também a grande quantidade de familiares que comparecem vindos de todo canto em verdadeiras excursões até os templos sem passar desapercebido as "carpideiras" profissionais para elevar o choro e o lamento para as alturas.
os belíssimos arranjos de flores naturais com as devidas frases de engrandecimento
carro fúnebre e as organizadas "excursões"
Casas de papel para serem incineradas.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quem Manda é a Indústria . por José Saramago

Fonte: Carta Maior - 13/09/2009 - www.cartamaior.com.br
Não sei nada do assunto e a experiência direta de haver convivido com porcos na infância e na adolescência não me serve de nada. Aquilo era mais uma família híbrida de humanos e animais que outra coisa. Mas leio com atenção os jornais, ouço e vejo as reportagens da rádio e da televisão, e, graças a alguma leitura providencial que me tem ajudado a compreender melhor os bastidores das causas primeiras da anunciada pandemia, talvez possa trazer aqui algum dado que esclareça por sua vez o leitor.Há muito tempo que os especialistas em virologia estão convencidos de que o sistema de agricultura intensiva da China meridional foi o principal vetor da mutação gripal: tanto da “deriva” estacional como do episódico “intercâmbio” genômico. Há já seis anos que a revista Science publicava um artigo importante em que mostrava que, depois de anos de estabilidade, o vírus da gripe suína da América do Norte havia dado um salto evolutivo vertiginoso. A industrialização, por grandes empresas, da produção pecuária rompeu o que até então tinha sido o monopólio natural da China na evolução da gripe.Nas últimas décadas, o setor pecuário transformou-se em algo que se parece mais à indústria petroquímica que à bucólica quinta familiar que os livros de texto na escola se comprazem em descrever… Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Atualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agentes patogênicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários. Não será, certamente, a única causa, mas não poderá ser ignorada.No ano passado, uma comissão convocada pelo Pew Research Center publicou um relatório sobre a “produção animal em granjas industriais, onde se chamava a atenção para o grave perigo de que a contínua circulação de vírus, característica das enormes varas ou rebanhos, aumentasse as possibilidades de aparecimento de novos vírus por processos de mutação ou de recombinação que poderiam gerar vírus mais eficientes na transmissão entre humanos”.A comissão alertou também para o fato de que o uso promíscuo de antibióticos nas fábricas porcinas/de porcos – mais barato que em ambientes humanos – estava proporcionando o auge de infecções estafilocócicas resistentes, ao mesmo tempo que as descargas residuais geravam manifestações de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou milhares de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).Qualquer melhoria na ecologia deste novo agente patogênico teria que enfrentar-se ao monstruoso poder dos grandes conglomerados empresariais avícolas e bovinos, como Smithfield Farms (suíno e vacum) e Tyson (frangos).A comissão falou de uma obstrução sistemática das suas investigações por parte das grandes empresas, incluídas umas nada recatadas ameaças de suprimir o financiamento dos investigadores que cooperaram com a comissão. Trata-se de uma indústria muito globalizada e com influências políticas. Assim como o gigante avícola Charoen Pokphand, radicado em Bangkok, foi capaz de desbaratar as investigações sobre o seu papel na propagação da gripe aviária no Sudeste asiático, o mais provável é que a epidemiologia forense do surto da gripe suína esbarre contra a pétrea muralha da indústria do porco. Isso não quer dizer que não venha a encontrar-se nunca um dedo acusador: já corre na imprensa mexicana o rumor de um epicentro da gripe situado numa gigantesca filial de Smithfield no estado de Veracruz. Mas o mais importante é o bosque, não as árvores: a fracassada estratégia antipandêmica da Organização Mundial de Saúde, o progressivo deterioramento da saúde pública mundial, a mordaça aplicada pelas grandes transnacionais farmacêuticas a medicamentos vitais e a catástrofe planetária que é uma produção pecuária industrializada e ecologicamente sem discernimento.Como se observa, os contágios são muito mais complicados que entrar um vírus presumivelmente mortal nos pulmões de um cidadão apanhado na teia dos interesses materiais e da falta de escrúpulos das grandes empresas.. Tudo está contagiando tudo. A primeira morte, há longo tempo, foi a da honradez. Mas poderá, realmente, pedir-se honradez a uma transnacional? Quem nos acode?
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Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro

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Já podemos agendar nossas consultas à partir de 21 de setembro. Até lá.